Zé Carlos chegou a Guimarães há precisamente uma semana. Rubricou contrato na segunda-feira, integrou os trabalhos na terça-feira e na sexta-feira foi incluído, desde logo, na convocatória de Moreno para o dérbi minhoto com o Sp. Braga, realizado no sábado. Médio de raiz, teve de saltar do banco quando estava cumprida cerca de meia hora de jogo.

O jovem jogador de apenas 20 anos fez a sua estreia com a camisola do Vitória SC e deixou boas indicações. “Quem conhece o Zé Carlos não estranha”, atira Francisco Tobias, primeiro treinador de Zé Carlos enquanto sénior na equipa B do Varzim, de onde se transferiu para o Vitória SC.

A estreia de Zé Carlos até nem se deu na sua posição de origem, no meio-campo, mas sim a lateral direito. Curiosamente, a sua estreia na equipa principal do Varzim deu-se também como lateral direito e também num jogo grande, frente ao Sporting, em jogo da Taça de Portugal. A “versatilidade” é, portanto, uma das várias qualidades do jovem jogador. Francisco Tobias enumera-as.

“Difere de todos os outros jogadores pela mentalidade que tem, é um rapaz que faz pela vida. É muito trabalhador e quanto maior for o desafio mais preparado ele vai estar. Tem uma mentalidade e uma personalidade tão forte que conquista toda a gente pela capacidade de trabalho”, sustenta.

No entender do técnico, Zé Carlos rende mais no meio-campo, a sua posição de origem, quer a seis quer a oito, destacando-se pela “intensidade que coloca no jogo”. “É um jogador com muita fiabilidade, com muita qualidade de passe. É um jogador com grande responsabilidade para a equipa, ou seja, controla bem os momentos do jogo e dificilmente o vemos a perder bolas comprometedoras, dá sempre uma saída limpa à equipa”, caracteriza Francisco Tobias.

Estes atributos levam a que o treinador considere o internacional português sub-21 “o médio com mais qualidade do futebol português, a seguir ao Vitinha”, sendo um jogador que “qualquer técnico gosta de contar”.