O Torneio Internacional de Xadrez de Guimarães regressou com 322 atletas de 32 países a deslizarem as peças sobre os tabuleiros até se conhecer um só vencedor absoluto: Max Warmerdam, Grande Mestre dos Países Baixos, teve o melhor desempenho ao longo das nove rondas decorridas entre terça-feira e domingo, cabendo o segundo lugar ao norte-americano Hans Niemann e o terceiro ao francês Guillaume Lamard.

Depois da interrupção de 2020, forçada pela pandemia de covid-19, a competição afirmou-se novamente como o “maior torneio do país”, frisa um dos árbitros e organizadores, João Martinho. “Portanto, este torneio teve 322 jogadores inscritos. De longe, é o maior torneio do país e um dos maiores da Europa. Temos jogadores de 32 países e dos vários continentes. Cerca de 90 jogadores são titulados”, salientou.

Mesmo com as várias “medidas necessárias de segurança” que “dificultaram a logística” – distribuição dos jogadores por mais salas, distância mínima de dois metros entre jogadores e higienização das mãos, das peças de jogo e das mesas -, o torneio decorreu de “forma normal” e gerou um “movimento enorme” na cidade.

“Foram 322 atletas e muitos acompanhantes. Há muitas crianças e jovens que trazem os acompanhantes: os pais, um tio ou um avô. Agora imagine a ocupação hoteleira de toda esta gente. Cerca de 250 são estrangeiros, sobretudo espanhóis. Temos muito espanhóis. E imagine o movimento económico que isto dá à cidade: à hotelaria e à restauração”, vincou o também presidente do Clube de Xadrez da Escola EB 2 e 3 João de Meira, um dos clubes organizadores do torneio, a par do Vitória, do Clube de Xadrez Afonsino, dos Amigos de Urgeses e do Fórum de Airão.

Também apoiada pela Câmara Municipal de Guimarães, a iniciativa recebeu ainda três árbitros internacionais – um espanhol, um italiano e um português.