O treinador Pedro Dias prometera um Vitória a “condicionar os pontos fortes” do Benfica para entrar na discussão do jogo e até vencê-lo. Acabou por fazê-lo... em parte. A incerteza quanto ao vencedor nos quartos de final da Taça Federação perdurou até bem perto do fim, mas as encarnadas acabaram por confirmar o favoritismo, com um resultado final de 62-54, construído à boleia da superlativa performance de Raphaella Monteiro – um duplo-duplo, com 28 pontos e 12 ressaltos, ecoando o que já fizera na Supertaça, a abrir a temporada.

Com todo o plantel disponível, o Vitória SC chegou ao fim do primeiro período a perder, por 13-11, mas aguentou as lisboetas no seu campo de visão, antes de passar a vê-las pelo retrovisor no intervalo – as condessas venciam então por 29-27. O terceiro período, contudo, deu um novo impulso às encarnadas, que fizeram então pender a balança decisivamente para o seu lado, com um parcial de 17-9.

A perder por 44-38 à entrada para o último quarto, as vitorianas buscaram inspiração para mudar o curso dos acontecimentos, mas o máximo que conseguiram foi ombrear com o Benfica. À última buzina, o marcador assinalava 62-54.

A equipa de Guimarães foi até mais eficaz nos lançamentos de dois pontos (52% contra 50%) e de três (20 contra 17%), mas a desvantagem nos ressaltos – 41 contra 32 – traduziu-se num maior número de lançamentos das águias. A nível individual, Kahlia Lawrence foi a vitoriana que mais se evidenciou, com 13 pontos e cinco ressaltos, seguida de Sara Ressurreição, com 10 pontos.

Eliminado da Taça Federação, o Vitória reentra em ação no play-off do campeonato, novamente frente ao Benfica.