Vitória vai pedir reuniões com Administração Interna e Secretaria do Desporto
Ao Canal 11, António Miguel Cardoso reiterou que a polícia não pode "escalar" a sua ação como o fez no sábado e admitiu que a caixa de segurança dos adeptos visitantes pode ser transferida de local.

A reunião com o Comando Distrital da PSP, prometida pelo vice-presidente Nuno Leite após o jogo com o Sporting, da 27.ª jornada da Liga Bwin, vai decorrer na sexta-feira, anunciou o presidente do Vitória nesta segunda-feira, em entrevista ao canal 11. À boleia dessa confirmação, António Miguel Cardoso prometeu solicitar reuniões com o Ministério da Administração Interna e com a Secretaria de Estado do Desporto.
Para o dirigente, os desacatos entre o minuto 74 e 80 do jogo "escalaram de uma forma errada" na sequência da ação do Corpo de Intervenção da PSP. "Havendo aproximação entre os associados do Vitória e do Sporting, os problemas podem surgir. A polícia, ao intervir, tem de intervir numa zona neutra que proteja tanto os adeptos do Vitória, como os do Sporting. Mas não aconteceu isso: os adeptos do Sporting ficaram onde estavam, e a polícia entrou na bancada dos sócios do Vitória, onde estavam crianças. A partir daí, escalou de uma forma errada", disse.
António Miguel Cardoso realçou ainda que a tensão entre as bancadas nascente e norte do Estádio D. Afonso Henriques surgiu aquando dos "cânticos de adeptos do Sporting insultuosos em relação aos adeptos do Vitória", por volta do minuto 20, e aumentou após a quebra da rede de segurança por alguns dos aficionados verde e brancos presentes em Guimarães. "Ouço cânticos de adeptos do Sporting insultuosos em relação aos adeptos do Vitória. Acabam por ser coisas normais no futebol, mas isso tem de se prevenir. Não se prevenindo, a polícia tem de estar atenta a esses fenómenos. Mais tarde, os adeptos do Sporting rompem a caixa de segurança, saindo da área que lhes estava destinada.
O dirigente reconheceu ainda que pode ser "mais seguro" a "caixa de segurança dos adeptos visitantes estar distanciada da Bancada Nascente, onde há claque e famílias afetas ao Vitória a assistirem aos jogos, e realçou a necessidade de se "valorizar o futebol espetáculo" em Portugal. "Este tipo de atos tem de parar. Ver crianças a chorar num estádio de futebol e pessoas a levar bastonadas não pode acontecer", realçou, durante uma entrevista onde falou ainda sobre a motivação para se candidatar à presidência, sobre a necessidade de se "reforçar a cultura de clube", sobre a relação com Pepa e sobre a necessidade de restruturar as áreas desportiva e financeira.