O relatório e contas do Vitória SC foi reprovado pelos associados do clube em assembleia geral ordinária realizada na tarde deste sábado no Pavilhão Unidade Vimaranense. As explicações de Pinto Lisboa, apontando a pandemia como principal fator para o resultado negativo de 3,6 milhões euros, não agradou aos associados, que acabara por reprovar as contas.

Vários associados usaram da palavra para apontar o dedo à gestão de Pinto Lisboa, registando-se mesmo momentos de tensão antes da votação. Um dos pontos mais questionados ao presidente do clube foi o negócio feito com o FC Porto, envolvendo a troca de jovens jogadores, com custo de 15 milhões de euros para o Vitória e também para os azuis e brancos. Pinto Lisboa referiu que este negócio “tem resultado nulo e não teve encargos”.

Já na reta final da assembleia geral o líder máximo do clube disse que “o chumbo das contas não é algo que agrade à direção” e ainda que é “algo negativo para a direção e para o Vitória”. As contas serão apresentadas novamente numa outra reunião magna, sendo que Pinto Lisboa prometeu “honrar o compromisso até ao final do mandato”.

De resto, a palavra “preocupação” foi a mais ouvida na assembleia geral com vários sócios a demonstrar apreensão com a situação financeira do clube. Pinto Lisboa defendeu que está em marcha um plano de recuperação, que passa por “continuar a reduzir os custos com o pessoal”, dizendo que já reduziu esse custo em sensivelmente dois milhões e, até ao início do próximo ano, espera reduzir em mais dois milhões estes custos.