Mais de 20 anos depois do seu desaparecimento, o andebol regressou nesta temporada ao Vitória, com um objetivo bem definido para a equipa sénior: subir da 3.ª para a 2.ª Divisão. Os homens que envergam a imagem de D. Afonso Henriques rubricaram uma primeira fase digna dessa candidatura – venceram a Zona 1, com um percurso vitorioso apenas manchado pelo desaire frente ao CD Póvoa B (27-24) -, mas partem do zero para a segunda e decisiva fase, a par dos cinco adversários. Com apenas cinco jogos por disputar, o treinador vitoriano admite que a meta só será alcançada com “rigor e competência”.

“Só havendo cinco jogos, não há margem de erro. O primeiro classificado provavelmente ficará com cinco vitórias e o segundo classificado ficará apenas com uma derrota. Estas são mais ou menos as coisas a fazer. Não há muita margem para errar e todos sabemos disso”, diz Luís Pereira ao Tempo de Jogo.

A fase decisiva do campeonato vai decorrer numa só volta, fruto da paragem competitiva ditada pela pandemia de covid-19, que interrompeu os treinos entre janeiro e abril e os jogos entre janeiro e maio deste ano. “Provavelmente, nem tínhamos datas para jogar a duas voltas”, prossegue o técnico, que conta passagens pelo CCR Fermentões, durante 15 épocas, e pelo ABC, nas duas anteriores.

O primeiro adversário da segunda fase é precisamente a equipa B do anterior clube de Luís Pereira, nesta sexta-feira, às 21h00, no pavilhão municipal Fernando Távora, em Fermentões. É a terceira vez que o Vitória vai defrontar os bracarenses num intervalo de 15 dias, após os dois triunfos para a fase regular, por 34-33, fora, a 06 de junho, e por 36-25, em casa, a 10 de junho.

Sem querer distinguir o grau de dificuldade teórico de cada opositor, o Luís Pereira exige “seriedade” e “ambição” frente a adversários que crê terem os mesmos objetivos do Vitória: subir de divisão.

“São cinco adversários difíceis. Todas as equipas chegam motivadas a esta fase final, com a expetativa de subir. A minha equipa tudo vai fazer para os ultrapassar. Desde o primeiro dia, assumimos que o objetivo é a subida de divisão. Mais do que nunca, vamos fazer de tudo para a conseguir”, disse, acerca de uma competição que inclui ainda CD Póvoa B, Infesta, Académico do Porto e Gondomar Cultural.

Público pode ocupar até 33% da lotação

Convicto de que o plantel está num “bom momento” e de que não vai acusar a estreia do clube em jogos decisivos, quer por ser uma “mescla de juventude e de experiência”, quer por dois opositores – CD Póvoa e ABC - serem equipas B, “compostas na sua maioria por jovens atletas”, o treinador reconhece ainda que o sorteio foi feliz: o Vitória vai jogar três dos cinco jogos em casa.

E os jogos acontecem numa altura do ano em que a Direção-Geral da Saúde (DGS) já autoriza a presença de público em eventos desportivos até 33% da lotação do espaço. Na receção ao ABC B, é possível uma assistência de até 100 pessoas, já que o pavilhão Fernando Távora tem capacidade para 300. Luís Pereira pede, por isso, o apoio dos adeptos vitorianos na fase decisiva.

“Para nós, é uma mais-valia, ainda para mais com estas alterações da DGS, que nos permitem ter até 33% da lotação do nosso pavilhão. Faço um apelo para que sejam mais um de nós nestes últimos cinco jogos. Venham-nos ajudar, seguindo todas as normas da DGS”, apela.

Calendário da Segunda Fase

1.ª Jornada: Vitória – ABC B, 18 de junho (21:00)

2.ª Jornada: Gondomar Cultural - Vitória, 26 de junho (17:00)

3.ª Jornada: Vitória – CD Póvoa B, 02 de julho (21:30)

4.ª Jornada: Vitória – Académico, 10 de julho (15:00)

5.ª Jornada: Infesta – Vitória, 17 de julho (21:00)