Já não bastava a bagagem pesada que o Vitória levava a Portimão – quatro derrotas consecutivas e apenas um triunfo em dez jogos –, mas os primeiros minutos da formação vitoriana frente ao Portimonense agudizaram a sensação de que a série negativa não ia, ainda, conhecer um ponto final. E assim foi. Os vimaranenses sofreram uma derrota pesada (3-0), tendo sofrido dois golos em três minutos na segunda parte. A equipa de Guimarães não soma pontos há cinco jogos e pode ver o Santa Clara colar-se no 6.º lugar.

No primeiro jogo sob a batuta de Bino Maçães, o Vitória não podia ter começado pior. A turma de Guimarães entrou em campo com um esquema de três centrais, mas viu desde logo a estratégia amputada devido à entrada fulgurante do Portimonense: uma ameaça, um golo. Canto na esquerda e o central Possignolo, livre de marcação, abria o marcador com apenas quatro minutos de jogo. A reação tímida do Vitória, que contou com Edwards de volta ao onze, e a falta de acutilância ofensiva ditaram uma primeira parte sem história. Destaque apenas para um remate às malhas laterais do lateral Mensah à passagem do minuto 25.

O colapso vitoriano sucedeu-se ao melhor período dos conquistadores. Edwards empurrou a equipa para a frente no início da segunda parte, mas nos dois duelos travados com Samuel o brasileiro levou a melhor (50’ e 57’). Pouco tempo depois, um penálti e um momento de desconcentração colocaram a turma de Paulo Sérgio – que venceu dois jogos seguidos pela primeira vez esta temporada – com uma vantagem de três golos no marcador. No terceiro golo, Beto fuzila a baliza de Varela meros segundos após o pontapé de saída.

As substituições de Bino não conseguiram acertar o desconcerto vimaranense. O tempo extinguia-se e o Vitória apenas sondou a área algarvia.

Sem somar pontos novamente, o Vitória está agora sob mira do Santa Clara. Se os açorianos vencerem o jogo desta ronda frente ao Nacional chegam aos 35 pontos e alcançam os vimaranenses na tabela. Na próxima jornada, há duelo com o clube de Ponta Delgada, naquele que pode ser um embate decisivo para decidir quem fica com a última vaga europeia.