“Um dérbi bom é um dérbi ganho”, mas também ajuda se for bem jogado. Com novo homem no banco, o Moreirense fez os melhores minutos da temporada e, em terreno difícil, no concelho vizinho, os cónegos superiorizaram-se ao Vizela e granjearam o primeiro triunfo fora de casa, o terceiro da campanha 21/22, com um 0-1.

“Agradado” e “confiante”, Sá Pinto adiantou na antevisão ao dérbi que gosta “de ambientes emocionais” e sentia um grupo motivado para mostrar mais. E foi isso que aconteceu. Acutilante, positivamente agressivo e organizado, o Moreirense fez os primeiros 20 minutos a um ritmo vertiginoso – com oportunidades e fixado no meio campo adversário. Wlaterson deu o primeiro aviso logo aos 6’; depois, quem se dirigiu ao Estádio Municipal de Vizela assistiu a um festival de força e engenho de Abdu Conté. O lateral-esquerdo cónego foi ameaça constante pela esquerda e assistiu Yan Matheus (15’) para uma finalização falhada e rematou com perigo para defesa do guardião vizelense.

Ambas as equipas eram empurradas pelas falanges de apoio – sempre audíveis – e o jogo não adormecia. O Vizela criava perigo através de bolas paradas, o jogo corrido era todo da equipa de Sá Pinto.

Walterson colocou a turma visitante perto da vantagem antes de os primeiros 45 minutos terminarem, com uma bola ao poste, mas o golo não tardaria. Rafael Martins, já na segunda parte, perto da hora de jogo, vê-se com a bola a jeito no interior da área, remata tenso de pé esquerdo e a bola entra direta na baliza. Estava feito o 1-0 e o Moreirense estava mais perto de arrancar um resultado histórico – a única vitória dos cónegos em casa do FC Vizela foi em 1994/95: 0-2, em jogo da II Divisão B.

Até ao fim, os homens de Guimarães geriram com sobriedade a vantagem e exploravam saídas rápidas. Apesar das sondagens à baliza defendida por Kewin, o jogo acabaria mesmo com a vitória do Moreirense.

O resultado deixa, provisoriamente, o Moreirense fora da zona de descida. Os cónegos somam 15 pontos ao fim de 17 jogos.