Um clube com gente dentro: a história de Pedro Guerreiro
Soma vários anos na liderança do basquetebol do Vitória SC, estando ligado aos principais feitos da modalidade, como a conquista de duas Taças de Portugal. Esteve no clube até 2021.

Desde que a modalidade se transferiu do Basquetebol Clube de Guimarães (BCG), emblema fundado em 1993, para o Vitória, em 2004, somam-se os feitos dignos de relevo: duas subidas consecutivas até à principal divisão feminina, entre 2015 e 2017, o título masculino da Proliga, em 2007, as duas finais com o Benfica no principal campeonato masculino (2013 e 2014) e as duas edições da Taça de Portugal.
A primeira ocupa um lugar especial na memória de Pedro Guerreiro, pela superação da equipa treinada por Fernando Sá perante equipas de topo nacional – Ovarense e FC Porto – e pelo esforço empreendido para colocar o público de Elvas do lado do Vitória. “Quando vamos à final, eu alugo uma camioneta de 70 lugares para os vitorianos irem ver o nosso jogo. Foi uma camioneta de 70 lugares. Só conseguimos preencher 10. Tinha feito montes de bandeiras, de cachecóis, de faixas”, conta.
Vendo-se “desesperado”, o então seccionista abriu a mala do carro e começou a distribuir os artigos vitorianos, entre 300 e 400, “às pessoas da terra”. Esse marketing de última hora valeu uma supremacia de apoio vitoriano nas bancadas do coliseu de Elvas, que contagiou a quadra; a escassos segundos do fim, Carlos Fechas marcou o ponto que derrotou o FC Porto por 65-64. “A maior parte das pessoas não era do Vitória, mas ali foram vitorianas”, vinca.
Próximo dos escalões de formação, o ex-diretor do basquete vitoriano realça que o projeto das Condessas, lançado em conjunto com Tam Ling e Pedro Barros, com “muitas horas de treino e muita dedicação”, das infantis às juniores, transformou a vertente feminina da modalidade, sustentando-a para os voos que iria desenhar mais tarde, com cinco épocas consecutivas no escalão maior e duas presenças na final da Taça de Portugal.
A conquista da Proliga é outro feito que recorda, enaltecendo o “trabalho e a dedicação extraordinárias” do treinador Fernando Sá e da secção.