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Um clube com gente dentro: a história de Manuel Faria

Embora casual, o primeiro contacto com o voleibol do Vitória deixou-o "apaixonado", ao ponto de colaborar com a secção há duas décadas. O seu voluntarismo é um testemunho entre vários nas modalidades.

03 outubro 2022 > 09:10

Há cerca de 20 anos, Manuel Faria pegou no carro para buscar a filha mais velha ao pavilhão do Vitória, onde se jogava uma partida de voleibol; o adversário era o Esmoriz, formação que, à época, lutava pelo título. Vitoriano dos estádios desde criança, subiu à bancada e sentiu a sua vida mudar.

“Aproveitei para ver o jogo e fiquei apaixonado pela modalidade. A partir daí, comecei a ver todos os jogos. Era muito entusiasta na bancada. Lembro-me que quando levantava a voz, praticamente todo o pavilhão se levantava”, testemunha ao Jornal de Guimarães.

Face ao protagonismo no apoio à equipa, a secção de voleibol quis saber da sua “disposição para ajudar”. Teve de pensar no assunto, até porque iria “abdicar de muita coisa na família”, mas a esposa deu luz verde para uma aventura que persiste.

A primeira tarefa de Manuel Faria foi a de porteiro. A época, também os sócios pagavam bilhete para ver os jogos; a procura era muita. Houve até adeptos que encontraram a porta fechada em jogos mais decisivos. “O pavilhão tem 1.515 lugares sentados, mas chegámos a colocar aqui mais de três mil pessoas. Era muita gente mesmo”, recorda.

Outras tarefas surgiram pelo meio: colocar a rede, os equipamentos para os jogadores, as placas de publicidade. Ao acumular todos esses encargos, assumiu a organização de todos os jogos oficiais em casa, algo que ainda mantém sob “inteira responsabilidade”.

Com o preto e o branco profundamente entranhados numa vida de 60 anos, Manuel contacta regularmente com os jogadores e tenta-lhes “incutir o ADN Vitória”, próprio de quem ostenta um percurso de 20 anos no vólei, temperado com emoção e até momentos dramáticos como o que viveu em Matosinhos. “Estávamos cinco casais do Vitória, e a claque do Leixões, que estava lá, veio para cima de nós. Os jogadores de ambas as equipas interromperam o jogo e valeram-nos. Não tive medo por mim, mas pela minha esposa”, confessa.

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