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Triunfou a “humildade e dedicação”. Faltaram os “melhores adeptos do mundo”

"Vale a pena acreditar no Vitória". Conquistadores conseguiram inédito "bi" e fizeram a festa. Só faltou mesmo a presença dos vitorianos nas bancadas.

23 maio 2021 > 14:00

Vítor Macedo tem 20 anos de casa, já foi atleta, capitão, treina a equipa de polo aquático e acumula momentos de glória. No entanto, é contundente: “É possivelmente um dos dias mais felizes da minha vida, um sonho tornado realidade”. O Vitória sagrou-se bicampeão nacional, feito inédito e só possível devido à “qualidade humana, técnica e tática” dos conquistadores.

A conquista do título ficou selada com um triunfo caseiro ante o CA Pacense por 13-7 na derradeira jornada da fase final do Campeonato de Portugal A1. Um dos obreiros da conquista, Pedro Sousa, o melhor marcador do campeonato, complementa a ideia do treinador. “Este grupo é fantástico, muito batalhador, desde que cheguei notei a garra. A humildade é fenomenal. Têm uma vontade incrível”, salientou o atleta que, com a conquista deste campeonato, eleva para seis os títulos conquistados – cinco deles em épocas seguidas.

Humildade e dedicação foram alguns dos termos mais usados para descrever o grupo de trabalho que conseguiu levar o Vitória a conquistar o inaudito bi na modalidade. João Costa frisou que foram esses elementos que permitiram “fintar” o desalento de não poderem celebrar um “tri”. “No ano passado vínhamos com 18 jogos e 18 vitórias. Infelizmente, devido à pandemia não foi possível concluir o que faltava”, referiu o atleta. Para a festa ficar completa só faltou um ingrediente: os adeptos. “O facto de aquela bancada não está repleta, de não termos os adeptos para festejar connosco, é triste”.

Para Vítor Macedo, “fica um amargo de boca” não ter “os melhores adeptos do mundo na bancada”. “Obcecado” pela preparação, o técnico fez uma breve antevisão dos jogos da Taça de Portugal – prova a disputar entre 11 e 13 de junho na Piscina do Clube Fluvial Portuense e que o Vitória nunca ganhou. “Hoje é para festejar, mas amanhã [este domingo] começamos a preparação. É um objetivo. O Vitória joga sempre para ganhar”.

 

As modalidades, os jovens e a cidade

E essa ambição também foi vincada pelo presidente do clube. Miguel Pinto Lisboa felicitou o grupo de trabalho, “que já está de olhos postos na Taça de Portugal”. Após o triunfo, o dirigente deixou uma palavra de apreço ao trabalho desenvolvido nas modalidades – que são “uma aposta do presente e do futuro”, pontuou. Até porque é através delas (e do futebol de formação) que a ligação entre o Vitória e a cidade “se torna mais estreita”.

Um dos responsáveis pelo trabalho neste campo é Pedro Guerreiro, vice-presidente para as modalidades. Que não escondeu a felicidade de ser bicampeão, algo que nunca tinha conseguido “em muitos anos de desporto”. “O trabalho desta secção e a dedicação que mostram tornam o título mais do que merecido. Tinha quase a certeza que íamos dar este gosto aos vitorianos. O polo está-se a afirmar. O grupo é maravilhoso”, salientou.

Num campeonato conseguido num contexto atípico e com as bancadas despidas, o responsável pede aos adeptos “que acreditem nas modalidades”. “Vale a pena acreditar no Vitória”, rematou.

 

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