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Taça de Portugal: Serviços mínimos valeram apuramento

O Vitória não se livrou de alguns sustos para levar de vencida a equipa do Oliveira do Hospital. Golo solitário de Edwards foi decisivo para garantir a passagem à 4.ª eliminatória Prova Rainha.

16 outubro 2021 > 13:00

No regresso da pausa para os compromissos das seleções, Pepa apostou num onze próximo da normalidade para a estreia na edição de 2021/2022 da Taça de Portugal. Em relação ao último jogo, em Famalicão, contaram-se quatro alterações. No eixo da defesa, João Ferreira substituiu Sacko; No meio-campo, apenas Tiago Silva se manteve, acompanhado por Alfa Semedo e Nicolas Janvier; No setor ofensivo, Bruno Duarte ganhou o lugar a Óscar Estupiñan. Enquanto isso, nas alas não houve alterações: Marcus Edwards e Rochinha – com a braçadeira de capitão – foram as opções. A baliza foi novamente assumida por Bruno Varela.

O apito inicial matutino ditou o ritmo de jogo nos minutos iniciais jogados no Estádio Municipal de Tábua. Às 11 horas da manhã, as equipas pareciam ainda não estar despertas para assumir o compromisso, mas o barulho dos adeptos na bancada deve ter servido de despertador. Ultrapassados os 15 minutos iniciais, surgiu o primeiro acontecimento digno de registo: na primeira oportunidade do jogo, Marcus Edwards chegou ao golo. A jogada começou em Tiago Silva, que abriu o jogo para Rafa Soares cruzar à distância e permitir ao inglês concretizar, deixar a descoberto as dificuldades defensivas da equipa da casa e pôr a equipa vimaranense em vantagem.

O golo alterou o marcador, mas não alterou o curso da partida. O Oliveira do Hospital tentou furar as malhas vitorianas, mas foram os forasteiros que se aproximaram mais da baliza. Perto da meia hora de jogo, Abdul derrubou Bruno Duarte na grande área e o árbitro Vítor Ferreira apontou para a marca de grande penalidade. Dos onze metros, o brasileiro foi incapaz de dilatar a vantagem para 0-2 e o passe ao guarda-redes deu confiança aos adversários. Nos últimos quinze minutos da primeira metade do jogo, os comandados de Tozé Marreco conseguiram crescer na partida e criar oportunidades que deixaram clara a intenção de lutar pelo resultado. A equipa de Pepa também reagiu ao penalti falhado, mas não foi da melhor forma. Com o intervalo no horizonte, as hostes vitorianas revelavam-se cada vez mais apreensivas e inseguras. A um minuto dos 45, o atraso arriscado de Borevkovic na direção da baliza de Varela ilustrava na perfeição o desconforto da equipa. Quando as equipas recolheram aos balneários, a vantagem do Vitória pela margem mínima não transmitia confiança.

Com muitos vitorianos entre os quase 1000 espetadores presentes nas bancadas em Tábua, o Vitória foi autor da primeira ação ofensiva da segunda metade da partida a indicar que finalmente queria ganhar o controlo do jogo. A aproveitar uma perda de bola do Oliveira do Hospital ainda no seu meio-campo, Rochinha conduziu o esférico na zona central até Edwards que, sem encontrar uma solução, disparou de onde estava, mas sem o desfecho desejado: a bola acabou por encontrar a malha lateral. Com uma hora de jogo completa, Pepa promoveu as primeiras três alterações e fez entrar Ricardo Quaresma, Óscar Estupiñan e André André – a quem Rochinha, que permaneceu em campo, entregou a braçadeira de capitão. Saíram, respetivamente, Marcus Edwards, Bruno Duarte e Alfa Semedo.

Depois da paragem para as substituições, que resultou num Vitória mais agressivo, seguiram-se os minutos mais entusiasmantes da partida com cada uma das equipas a protagonizar uma oportunidade soberana que podia ter sido concluída com o golo. Primeiro foi o Oliveira do Hospital que tentou o empate. Perto da baliza vitoriana, Mumin falhou o passe, viu a bola sobrar para Regis Ndo que, com naturalidade, fez a bola chegar a David Silva. O remate à figura de Bruno Varela foi a única falha numa jogada em que tudo correu bem. Na linha lateral, Tozé Marreco limitou-se a levar os braços à cabeça num gesto de desespero. E bem podia ter mantido o gesto em sinal de desespero porque, de seguida, o Vitória aproximou-se do segundo da partida. O corte de André André na linha divisória do meio-campo começou a jogada; na ala direita, Ricardo Quaresma passou pela defensiva adversária e fez o passe para Rochinha concluir. No entanto, Nando Pedrosa, na sua melhor intervenção na partida, evitou o golo.

Até ao apito final, tanto o Oliveira do Hospital como o Vitória ameaçaram as balizas adversárias. Um erro do colombiano Bonilla, que pontapeou o ar ao invés de acertar na bola, podia ter sido mais bem aproveitado pelo também colombiano Estupiñan que, depois de recuperar o controlo do esférico, acabou por não dar o melhor destino ao remate. Enquanto isto, André Almeida já se preparava para entrar e render Janvier. Nos últimos minutos do tempo regulamentar, houve ainda tempo para que João Pais, acabado de saltar do banco de suplentes, desperdiçasse uma boa oportunidade ao atirar a bola por cima da baliza de Varela.

Com um triunfo por 0-1, consequência de um jogo em que o resultado esteve sempre em discussão, o Vitória SC carimbou a passagem à próxima fase da Taça de Portugal. Junta-se aos já apurados FC Famalicão, FC Porto e Sporting CP. Na partida em que mais perto se esteve de fazer ‘acontecer a Taça’, o expectável aconteceu: o Vitória está na quarta eliminatória da prova-rainha.

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