“Somos equipa de Primeira Liga”. “E temos de o demonstrar”, diz Sá Pinto
Treinador lembra que o Moreirense já pareceu uma “equipa morta por várias vezes”, tendo sempre conseguido levantar-se. No derradeiro jogo da época, espera mesma resposta.

Em Moreira de Cónegos, reside uma equipa que ora parece recuperar do prejuízo que acumulou face aos oponentes, ora se vê encostada à parede, forçada a ganhar o jogo que se segue para não cair no precipício. É nessa segunda circunstância que os homens treinados por Ricardo Sá Pinto se encontram, com a agravante de que é a última vez nesta temporada: ou vencem, no domingo, o Desportivo de Chaves por números que cubram a desvantagem de 2-0 trazida de Trás-os-Montes ou caem para a Segunda Liga.
O timoneiro crê que o Moreirense FC ainda tem alma para concretizar o grande objetivo da temporada: “Em muito pior situação, já conseguimos dar a volta. Amanhã [domingo] vai ser o mesmo. Temos de demonstrar a grande equipa que somos para continuarmos na Primeira Liga, o nosso lugar”, vincou, na conferência de imprensa de antevisão à segunda mão do play-off de manutenção, agendada para as 19h30 de domingo, no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas.
O técnico de 49 anos lembrou que a turma de xadrez “já esteve morta várias vezes” em 2021/22, a cinco pontos do acesso ao play-off e a seis da salvação direta, antes de vencer o Gil Vicente, o Tondela e, por fim, o Vizela, quando precisava de fugir ao cadafalso.
Convencido de que a derrota em Chaves foi a consequência da “eficácia” adversária – dois golos em dois remates – e do “demérito” cónego, Sá Pinto assinalou que o Moreirense se tem posto a “jeito” do insucesso, mesmo sem merecer as penalizações que tem sofrido. “Temos de estar 100% concentrados e motivados em todos os jogos, com respeito pelo adversário. Nos dias que não o somos, somos logo penalizados. Não merecemos ser tão penalizados como temos sido, mas pusemo-nos a jeito”, descreve.
Esperançoso de que os atletas se mentalizaram de que não podem “estar num jogo sim, num jogo não”, o treinador pediu ainda um coletivo à imagem do perfil operário da vila de Moreira de Cónegos. “Este é um povo de trabalho, gente lutadora, gente humilde, gente que faz grandes sacrifícios e gente ganhadora, que quer vencer na vida. Este é o nosso lema e temos de estar à imagem da vila de uma vez por todas”, descreveu. “Temos tido altos e baixos, mas não há mais oportunidades”, avisou.