Um golo para lá do tempo de compensação na primeira parte e um segundo que resultou de um desentendimento entre Kewin e Rosic ditaram o triunfo do Santa Clara em Moreira de Cónegos, nesta tarde fria e solarenga de sábado. Para Ricardo Sá Pinto, esses “detalhes” fizeram a “diferença”, mesmo crendo que o resultado está longe de espelhar as performances em campo.

“O resultado é muito injusto. Na primeira parte, nem de um lado do outro, alguém merecia estar a ganhar. São os detalhes que vão fazendo a diferença, pequenos momentos de desconcentração são cruciais. A equipa não estava preparada para sofrer aquele golo [em cima do intervalo]”, disse, na sala de imprensa do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, no rescaldo ao desafio.

No primeiro jogo em casa pelo Moreirense, o treinador viu-se obrigado a mudar a estrutura da equipa ao intervalo, subindo linhas. O volume ofensivo fazia acreditar que o “empate era possível”, embora a falta de oportunidades fosse motivo de apreensão. Sá Pinto gostou da reação, da “vontade de ganhar e de querer dar a volta ao jogo”, mas todo esse esforço desfez-se com a expulsão de Steven Vitória.

“Estávamos bem, íamos arriscar mais um bocado, tive de alterar e sofremos logo o golo. Aconteceu uma série de coisas e o segundo golo matou o jogo. Marcaram na altura certa. Na segunda parte foi a equipa que eu gosto. O Santa Calara acabou por ser feliz, eficaz. Infelizmente hoje não tivemos nada a nosso favor. Fica a reação da equipa na segunda parte”, acrescentou.

Desagradado por não ter podido “oferecer a vitória aos adeptos”, como “imaginava”, o técnico de 49 anos enalteceu ainda a exibição de Rúben Ismael, a principal cara nova entre os titulares: “Fez um bom jogo, com maturidade e competência. Foi uma aposta claramente ganha. Ainda tem muita margem de progressão”, vincou.