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Sá Pinto: jogar na Luz “sem receio e com ambição”

Na antevisão à 18.ª jornada, Sá Pinto afirmou que a equipa vai viajar para Lisboa com ambição de fazer um bom resultado. Depois da saída de Abdu Conté, o mercado foi tema incontornável.

14 janeiro 2022 > 15:00

Ricardo Sá Pinto chegou a Moreira de Cónegos e venceu. Depois da estreia feliz ao leme dos axadrezados em terreno vizelense com um triunfo por 0-1, o treinador portuense reconhece que “o nível de exigência é máximo” num jogo frente ao SL Benfica, mas admite que aquilo que vai pedir aos jogadores é o mesmo que lhes pediu na última jornada: “vamos com o mesmo respeito jogar com o Benfica como fomos jogar com o Vizela, com a mesma humildade, com a mesma concentração, que é o que eu peço sempre, mas também com a mesma ambição”.

Na conferência de imprensa de antevisão à ronda 18 da Liga Portugal bwin, Sá Pinto deixou claro que estes jogos “são os mais difíceis de certeza”, não só porque não há jogos fáceis, mas “devido à qualidade individual e coletiva do adversário” que, diz, “tem um grande poder ofensivo”. Com a primeira volta concluída, o SL Benfica tem 40 pontos somados e encontra-se confortavelmente posicionado no 3.º posto da tabela classificativa. E tem o melhor ataque do campeonato: os 49 golos marcados deixam os encarnados em melhor posição neste domínio do que os primeiros dois classificados. Sá Pinto reconhece que a sua equipa vai “ter que estar maioritariamente a defender” e que os seus jogadores estão “preparados psicologicamente para isso”, mas “é fundamental” acreditar e jogar “de forma ambiciosa”, ou seja, prontos para aproveitar todas as oportunidades para “também fazer golos”.

O “forte apoio” do público benfiquista e “as muitas soluções” do plantel encarnado podem ser obstáculos que ameaçam afastar os cónegos de conseguir, pela primeira vez na temporada, dois triunfos consecutivos. Ainda assim, afirma o novo treinador do Moreirense, é imprescindível acreditar e cita exemplos que estão frescos na memória para mostrar que não é impossível vencer: “ainda ontem vimos, para a Taça, o Mafra ganhar ao Portimonense; e há uma diferença de divisão, já nem é no mesmo escalão, é em escalões diferentes, e era em casa do adversário”. Ricardo Sá Pinto pode ainda recordar a deslocação do próprio Moreirense ao Estádio da Luz em 2018. Apesar de ser verdade que o registo demonstra a superioridade dos anfitriões – sete triunfos em onze jogos –, também é verdade que nos últimos três jogos dos axadrezados em Lisboa, para disputar este mesmo adversário, o registo é bem mais simpático: um triunfo em 2018/2019 por 1-3, um empate a uma bola em 2019/2020 e uma derrota por 2-0 na última época.

O próximo confronto está agendado para as 18h00 de amanhã, sábado, e a arbitragem vai estar a cargo de Rui Costa.

O mercado está aberto, mas Sá Pinto é categórico: “não podemos perder mais ninguém”

Abdu Conté foi recentemente oficializado no Troyes, clube que milita na Ligue 1. Uma venda que estava prevista para o final da temporada, “o melhor momento para ele sair”, mas que acabou por acontecer mais cedo “devido, também, com certeza, ao grande jogo que ele fez” em Vizela. O treinador do Moreirense não conseguiu não dedicar grande parte da conferência de antevisão ao mercado, tema incontornável quando chega janeiro. Sá Pinto deixou claro que “não o queríamos vender, mas também somos um clube vendedor, somos um clube que precisa também de financeiramente estar estável para cumprirmos com as nossas obrigações e, portanto, não foi uma situação que tivéssemos conseguido aguentar”.

Neste momento, o treinador que chegou há pouco mais de uma semana, admite que está “a conhecer melhor os jogadores” e parece-lhe que “é justo observá-los e dar-lhes oportunidades e dar-lhes algum tempo”. Reconhece que pode ser uma ocasião para reforçar o plantel, mas ainda está na fase de tentar perceber “se realmente vamos ter oportunidade de acrescentar valor”. No que às saídas diz respeito, Sá Pinto é mais incisivo: “nesta altura não conto logicamente perder mais ninguém, não podemos perder mais ninguém da nossa equipa porque todos já somos poucos perante o objetivo que nós temos e com a competitividade que existe na primeira liga”. Com tudo ainda por decidir, e com meio mês pela frente até que esta janela se feche, o treinador não resistiu a deixar um desabafo: “confesso que é a parte da época desportiva que eu menos gosto porque cria muita instabilidade na equipa”. 

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