Sá Pinto aponta o dedo ao capitão da GNR de Guimarães: “É um mentiroso”
A propósito do final do encontro com o Vizela, na origem dos dois jogos de suspensão que está a cumprir, o treinador alega que era impossível Orlando Mendes ouvir aquilo que escreveu no relatório.

O timoneiro do Moreirense FC ainda não se conforma com os 15 dias de suspensão atribuídos na sequência do dérbi com o Vizela, para a 34.ª jornada da Liga Bwin. Obrigado a ficar de fora de banco nos dois jogos do play-off com o Desportivo de Chaves, Ricardo Sá Pinto culpa sobretudo o testemunho do capitão da GNR de Guimarães, Orlando Mendes, entre todas as alegadas provas que levaram à decisão do Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol.
“Sinto que posso ajudar a equipa durante o jogo e isso não se faz. Este capitão é um grande mentiroso. As pessoas da vila têm de se revoltar perante este capitão, que pôs em causa o sucesso deste clube e desta vila”, acusou, na conferência de imprensa de antevisão para a segunda mão do play-off.
Na sequência dos gestos que o treinador dirigiu aos adeptos do Vizela, no final daquele encontro realizado a 14 de maio, Ricardo Sá Pinto alega que era impossível o capitão da GNR ter ouvido o que testemunhou. “Não é fácil estar de fora. Ele tinha de ter ouvidos de super-homem para ouvir o que diz que ouviu”, defendeu, antes de lamentar a “velocidade” com que se decidiu o seu caso, comparativamente a outros.
“Não fiz nenhum gesto obsceno, nem palavras obscenas. Esbracejei para os adeptos. Isso é suficiente para tirar um treinador de uma final que decide 11 meses de trabalho? Há casos graves que demoram um ano a serem julgados”, disse.
Apesar do contratempo, Ricardo Sá Pinto proclamou que o Moreirense se vai manter na Primeira Liga “contra tudo e contra todos”.