O andebol português escreveu mais uma página de história nesta segunda-feira, com o triunfo sobre o Bahrein (26-25), para o grupo B do torneio olímpico masculino, e Rui Silva, segundo melhor marcador luso no desafio, era incapaz de conter a satisfação no final.

“A vitória é incrível. É histórico e estávamos a precisar. Foi um jogo muito complicado. O Bahrain é uma equipa dura e muito agressiva, na defesa e no ataque, alguns erros muito pouco comuns também ajudaram a que estivessem na frente”, disse aos jornalistas, no rescaldo do encontro disputado no Ginásio Nacional Yoyogi, em Tóquio.

O central de 28 anos elogiou a prestação de Gustavo Capdevile, autor de várias defesas na segunda parte, tendo mesmo dito que o “nível excecional” do guarda-redes de 23 anos fez os “heróis do mar” voltarem ao jogo, após muito tempo em desvantagem.

Avisado para a necessidade de se “corrigir” o que tem feito mal, Rui Silva perspetivou uma “guerra” frente à Suécia, o próximo adversário, às 03h00 portugueses de quarta-feira. “Vão ser cinco jogos duríssimos. Tivemos um jogo menos conseguido com o Egito. Hoje não foi tão conseguido, mas chegámos à vitória. Vai ser bastante equilibrado com a Suécia. Temos qualidade para nos batermos com eles”, referiu.

Já o selecionador João Paulo Pereira admitiu ter custado “imenso” a Portugal vencer o jogo. “Sabíamos que seria muito complicado, têm um modelo de jogo extraordinário ao nível dos duelos. Com muita mobilidade, mais baixos, e para nós é um problema difícil de solucionar. Embora tivéssemos preparado minimamente essa situação”, realçou.

A equipa das “quinas” ocupa agora a terceira posição no grupo, com dois pontos, os mesmos do Egito, enquanto Suécia e Dinamarca lideram com quatro. Bahrain e Japão ocupam as duas últimas posições, sem pontos.