Em Portugal, a função de árbitro é exercida por pessoas que não têm a arbitragem como trabalho principal mas todos são treinados para tal função. Os pré-requisitos para tornar-se um árbitro e exercer a função são básicos, ou seja, é exigido apenas possuir mínimo 14 anos de idade e frequentar o curso de formação que é gratuito.

Em termos de preparação, o árbitro de futebol é considerado um desportista e como tal encontra-se nas mesmas condições em termos de rendimento dos atletas, porém, não basta estar preparado fisicamente, é necessário atenção a preparação técnica, mental e social e por experiência própria considero que dos vários fatores envolvidos na arbitragem, os aspetos psicológicos podem ser os mais críticos.

Pelo meio da carreira, os árbitros vencem vários desafios, caindo em algumas armadilhas sem nunca perder a vontade de fazer bem feito. O pilar mental, sem dúvida nenhuma, sustenta os demais pilares da arbitragem.

As ferramentas e as aptidões da mente são ingredientes necessários para o sucesso nessa atividade humana de arbitragem.

A figura do árbitro traduz liderança, e é exatamente assim que se conduz a uma liderança natural, onde eclodem sentimentos de organização, a habilidade de negociar soluções em momentos de conflitos, a empatia de reconhecer e se preocupar com os sentimentos. No desdobramento dessa reflexão o cotidiano de formação, preparação e atualização dos profissionais da arbitragem servem para identificar sentimentos de segurança e autoconfiança demonstradas em campo, mostrar o domínio e conhecimento de todas as regras e a aplicação delas de forma ética.

Sem o árbitro, torna-se impossível acontecer uma competição desportiva oficial, de forma isolada árbitro e árbitros assistentes são alvos frequentes de críticas e agressões. As atenções estão sempre voltadas para os jogadores, para as equipas e o espetáculo em si, isso, até o momento em que um erro ou uma falta ocorre. Vamos todos pensar nisto…