Rajada da Bretanha arrasa Covilhã e deixa Vitória a um triunfo da final four
Dois bonitos golos de Janvier selaram o triunfo frente ao Sporting da Covilhã, para a primeira jornada do Grupo A da Taça da Liga. Passagem à fase final decide-se a 27 de outubro, frente ao Benfica.

O ambiente no Estádio José Santos Pinto até estava calmo, com o apoio vitoriano como ruído de fundo, quando repentinos ventos da Bretanha colidiram com o ar da Serra da Estrela e geraram cinco minutos de tempestade com estragos para as redes à guarda de Léo: os dois pontapés certeiros de Janvier, médio nativo daquela região no oeste de França, ditaram o triunfo do Vitória sobre o Sp. Covilhã por 2-0, na primeira jornada do Grupo A da Taça da Liga.
Garantidos os três pontos, a equipa de Pepa pode assegurar a presença na final four da competição, em Leiria, no próximo mês de janeiro, caso vença o Benfica. O duelo da segunda jornada está marcado para 27 de outubro, às 19h15, no D. Afonso Henriques.
O Vitória apresentou-se diante dos leões da serra com um onze totalmente remodelado face ao empate amargo de Arouca, no sábado, e teve sempre mais bola na primeira parte. Mas nem sempre essa circulação criou desequilíbrios. Nos primeiros 20 minutos, alguma dessa posse foi inconsequente, com o jogo direto da formação da casa a provocar alguns desentendimentos entre a defesa e o meio-campo dos homens vestidos de amarelo e cinza. Num desses lances, Arnold isolou-se, mas rematou ao lado.
Tudo mudou quando os ares da Bretanha se apoderaram daquele recinto. Foi uma jogada de laboratório que os atraiu: de regresso após o traumatismo craniano sofrido frente ao Belenenses SAD, Rochinha bateu um pontapé de canto para a entrada da área, onde apareceu Janvier a golpear a bola com o peito do pé; o remate rasteiro acertou no ângulo inferior direito da baliza. Léo não tinha qualquer hipótese. Estavam decorridos 25 minutos e o Vitória estava na frente do marcador.
Quatro minutos depois, o francês de 23 anos bisou. Depois de Alfa Semedo ter ameaçado de cabeça, aos 27 minutos, Janvier aproveitou uma arrancada de João Ferreira pela direita e uma simulação de Rochinha para acertar nas redes pela segunda vez. Desta vez, fê-lo com um remate a meia altura.
A reação serrana, abnegada, mas incapaz de abalar a organização vitoriana, foi mostrando que o jogo estava resolvido. É verdade que o Vitória desperdiçara uma vantagem igual em Arouca, nos 15 minutos finais, mas, ao longo da segunda parte, o desconforto sentido no sábado nunca veio à tona. Desprovida de oportunidades de golo, essa etapa serviu para Pepa gerir o grupo.
Pepa: “Vitória muito sério, com muita qualidade”
No final do jogo, o treinador do Vitória enalteceu a seriedade da sua equipa frente a um adversário “bem organizado”, com “um futebol direto e físico”, que “tentou tirar proveito do físico dos dois pontas de lança”.
“O Vitória foi muito sério e teve muita qualidade. Os golos surgiram com qualidade. Depois é preciso manter esse registo. Na segunda parte, tive de alertar para o que aconteceu no último jogo. O jogo acaba quando o árbitro apita”, disse à Sport TV no final do jogo.