Foi no palco do recém-renovado Teatro Jordão que Miguel Pinto Lisboa proferiu o seu último discurso como presidente do Vitória no triénio 2019-2022. Depois de se ter ficado pelos 18,7% nas eleições de sábado, bem longe da candidatura de António Miguel Cardoso, vencedora com 62,5%, o dirigente cessante prometeu ser “cooperativo” com os novos órgãos sociais, de forma a que o emblema preto e branco caminhe rumo ao “sucesso desportivo e institucional”.

“Serei o primeiro a dar espaço e tempo aos órgãos sociais para conseguirem o sucesso desportivo e institucional. Serei cooperativo vontade que a direção nos transmita e serei também atento. Mais do que recato público, adotarei uma postura de responsabilidade, esperando que o trabalho produza frutos”, vincou, perante os sócios e convidados que preenchiam o novo auditório do teatro originalmente datado de 1938.

Convicto de que “os adversários” não são “aqueles que partilham um sentimento único” em torno do Vitória, Miguel Pinto Lisboa mostrou-se convencido de que o “trajeto” rumo ao sucesso é “possível e concretizável” se o clube se libertar das “fações” que “minam a sua credibilidade”, com “discursos que apontam constantemente para as suas dificuldades” e que o “diminuem perante os rivais”.

“Acredito que os órgãos sociais partilhem da nossa proclamação num Vitória uno e indivisível, sem fações, livre dos tradicionais grupos de influência que minam a sua credibilidade e em nada contribuem para a afirmação do Vitória no espaço nacional e europeu”, concluiu.

Ainda antes da tomada de posse dos órgãos sociais, o presidente cessante da Mesa da Assembleia-Geral, José Antunes, endereçou os “parabéns” à direção que cessou funções, pelo “trabalho realizado”, pediu aos novos órgãos sociais para “serem felizes” e para todos os vitorianos “remarem para o mesmo lado”.