Fafe não foi terra de justiça na tarde deste domingo. O Pevidém deslocou-se ao Parque Municipal dos Desportos de Fafe, casa emprestada do Montalegre, a equipa de João Pedro Coelho demonstrou atributos e levou um soco no estômago quando já passavam quatro minutos para lá dos noventa.

Tarde inglória. Debaixo de um calor avassalador, que tornou desde logo hercúlea a tarefa dos intervenientes, para além desse pormenor que interferiu de sobremaneira no jogo, assistiu-se e uma partida intensa, disputada e pautada pelo equilíbrio.

Os pupilos de João Pedro Coelho entraram melhor no encontro, a mostrar personalidade e argumentos para se baterem com este Montalegre. Estiveram por cima na primeira metade, somando várias situações de relativo perigo e reclamaram, inclusive, uma grande penalidade num lance que acabou por dar carão amarelo a Costinha.

Equilibrou os pratos da balança o Montalegre no segundo tempo, ombreando com o conjunto vimaranense no que às aproximações à baliza adversária diz respeito. Foi notório o desgaste com o evoluir do cronómetro, um desgaste que teve maior impacto no Pevidém SC.

Quando o empate sem golos parecia ser o resultado certo do encontro, já nos descontos, o Montalegre chegou ao golo através de um lance de bola parada. Livre cobrado de forma venenosa para a área, a bola cair entre os guarda-redes e os defesas, ficando a dúvida se algum elemento do Montalegre chega a desviar o esférico.

Ainda houve tempo, e energia, para uma reação. Também de bola parada o Pevidém quase respondeu na mesma moeda, mas o capitão João André ficou a escassos centímetros do golo. Arranque em falso do Pevidém SC na Liga 3. A prestação dos cavaleiros de São Jorge merecia mais.