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Pevidém atrasa-se cinco minutos. Quando apareceu, já o dérbi estava escrito

Vitória B já vencia por 2-0 aos cinco minutos e por 3-0 aos 13, após um início de jogo em que os pevidenses quase não existiram. A reação surgiu e teve brio, mas não influência no resultado final.

08 dezembro 2021 > 13:00

Um jogo de futebol é concebido como uma longa-metragem; o suspense pode palpitar até ao fim, com um golo ao cair do pano a mudar o curso de 90 minutos, ou o enredo mostrar-se previsível. Mas o dérbi desta manhã entre Pevidém e Vitória B, que encerrou a primeira volta da Série A da Liga 3, pode ser condensado numa “curta”. Aos cinco minutos, já se adivinhava o desenlace. Aos 13, era praticamente certo, ainda que as recuperações improváveis que aqui e ali se dão.

Nos primeiros minutos sobre o relvado da Pista Gémeos Castro, os vitorianos apresentaram-se fluidos, os cavaleiros de São Jorge mantiveram-se pregados ao relvado e essa dualidade entre estática e dinâmica fez a diferença para o 4-1 final.

Com um onze remodelado face àquele que perdeu na receção ao Felgueiras, a equipa de Moreno adiantou-se aos três minutos por uma das caras novas: Luís Esteves aproveitou um desenho de Afonso Freitas e de Jota na esquerda para rematar fora do alcance de João Ferreira, novidade na baliza do Pevidém.

A defesa azul ficou novamente a ver jogar dois minutos depois, quando Jota fez o 2-0; Welton penetrou pela direita e atrasou para Esteves, que rematou contra João André, antes da bola sobrar para a recarga certeira.

Só depois surgiu a primeira cavalgada da equipa de São Jorge de Selho, que culminou num remate de Pedrinho por cima, ao minuto sete. Na resposta, porém, a equipa trajada de negro dilatou a vantagem. Servido por Welton, Jota aproveitou a demora da retaguarda pevidense na deslocação da direita para a esquerda para bisar com um tiro rasteiro e cruzado. O regresso do Vitória B aos triunfos, após duas derrotas, estava praticamente fechado.

Apesar do desnível no marcador, a equipa de João Pedro Coelho logrou algum ascendente territorial após o minuto 15, construindo o suficiente para fazer o golo antes do intervalo. Na última meia hora da primeira parte, André Alves e João André obrigaram Celton Biai a intervenções apertadas, Vítor Hugo rematou por cima no interior da área e Luís Filipe, aos 36, desperdiçou a ocasião mais clamorosa, atirando por cima mesmo em frente à baliza, já no limite da pequena área. Pelo meio, Welton falhou o 4-0 com a baliza aberta, aos 25.

A segunda parte teve menos lances de interesse, com o perigo mais afastado das balizas. Ainda assim, houve tempo para dois dos golos mais bonitos do jogo, a par daquele que abriu o marcador. Ao minuto 72, Jorginho envolveu-se numa combinação com Chico e Pedrinho que abalou a organização defensiva vitoriana e colocou o esférico sob o corpo de Celton Biai à saída do guardião guineense. Quando uma réstia de esperança crescia nas hostes pevidenses, Esteves desfê-la; num livre direto, colocou a bola no ângulo superior esquerdo, numa grande execução técnica.

O resultado permite ao Vitória B, sétimo classificado, atingir os 16 pontos e aproximar-se dos lugares de apuramento para a fase seguinte – o Lusitânia de Lourosa, adversário de sábado, ocupa a quarta posição, a última que garante o objetivo. O Pevidém, por seu turno, continua afundado na 12.ª e última posição, com quatro pontos. Na 12.ª jornada, recebe o Montalegre.

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