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Pevidém ainda acredita, mas já não depende de si na corrida pela Liga 2

Sem argumentos para contrariarem uma forte meia hora inicial do Trofense, os vimaranenses sofreram o segundo golo quando tentavam reagir. Decisões adiadas para o próximo fim de semana.

23 maio 2021 > 18:00

A tensão subia no Estádio do Clube Desportivo Trofense à medida que avançava a segunda parte, com o banco do Pevidém a tentar levar a equipa para a frente e a reclamava alguns lances e o banco dos anfitriões a tentar manter a equipa focada e equilibrada, enquanto esboçava protestos ocasionais. Em jogo estava a liderança da Série Norte da fase de subida à Liga 2.

O Pevidém foi nesta época motivo de surpresa, admiração e respeito face aos muitos finais felizes que suou para conquistar. Mas este domingo não teve um desses finais: os golos de Mika, aos 19 minutos, e de Bruno Almeida, aos 71, selaram a vitória do conjunto da Trofa e a ultrapassagem para a dianteira da corrida na curva que antecede a reta da meta. O Trofense tem agora 10 pontos e o Pevidém nove, estando assim dependente do resultado do adversário no confronto com o Braga B, na sexta e última jornada, para confirmar uma eventual subida à Liga 2.

Trofense e Pevidém subiram ao relvado debaixo de uma tarde de sol, com uns segundos de fogo de artifício a preceder o apito inicial; à semelhança dos cânticos que se ouviam nas imediações do estádio, era possivelmente uma forma de apoiar a turma da casa. Tenha sido por essa razão ou por qualquer outra, os homens de João Pedro Coelho pareceram quase sempre desconfortáveis na primeira parte, sem a fluidez necessária para contornar o pressionante meio-campo adversário e sair para o ataque.

Fruto da expulsão de Chico no triunfo sobre o Sporting de Braga B, o Pevidém surgiu disposto num 4x4x2 em vez do habitual 4x3x3, com Totas ao lado de Vítor Hugo, e perdeu quase sempre a batalha do miolo na primeira meia hora. Com sucessivas recuperações em zonas adiantadas, o Trofense ameaçou pela primeira vez o golo ao minuto sete, num remate cruzado do desequilibrador Bruno Almeida ao qual André Preto se opôs com uma grande defesa.

O guardião vimaranense foi um dos melhores em campo nos primeiros 45 minutos, negando o golo um par de vezes cara a cara com avançados isolados – a Alan Júnior, aos 21, e a Yohan, aos 43 -, mas quando falhou, o Pevidém pagou com um golo sofrido; na sequência de uma defesa incompleta a um livre cobrado na direita, a bola ressaltou em Mika e aninhou-se, vagarosa, no fundo das redes vimaranenses.

Estavam decorridos 17 minutos e era hora de reagir, mas os cavaleiros de São Jorge demoraram a reencontrar o passo até ao futebol rendilhado e paciente, feito de critério na definição dos lances, que foi imagem de marca ao longo da temporada. Só a partir da meia hora se viram alguns laivos desse estilo, com Pedrinho e Costinha a aparecerem mais em jogo para criarem o único lance de perigo azul na primeira metade: a bola circulou da direita para a esquerda até ao remate em arco do número 20 que rasou o poste esquerdo.

A corrente da partida começou a pender para o lado de Guimarães no final da primeira parte e assim continuou na segunda, mas nem sempre com os cavaleiros de São Jorge a mostrarem clarividência no ataque. Os maiores riscos da turma de João Pedro Coelho abriram espaço para Yohan ameaçar o 2-0 por três vezes, antes de Luís Santos e Adilson saírem do banco de suplentes para ajudarem a resolver o desafio: após tabela com Adilson, Luís Santos isolou-se na direita e serviu o encosto fácil de Bruno Almeida para o fundo das redes.

O Pevidém manteve a identidade até ao fim, o que é digno de elogios, mas a partida estava resolvida, já que a baliza de Serginho se mantinha a salvo de qualquer ameaça.

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