Os tempos são difíceis em Moreira de Cónegos: nas nove jornadas cumpridas na segunda volta da Liga Bwin, a turma axadrezada somou apenas cinco pontos. A goleada ao Belenenses SAD, para a 21.ª ronda, foi o oásis no deserto que atirou os vimaranenses para a zona de despromoção. Ainda assim, Ricardo Sá Pinto está convencido de que o 17.º classificado se vai reerguer para atingir o objetivo da época: “Estou triste, porque queria dar algo mais ao Moreirense nesta altura. Mas apesar de ser difícil até ao final, sei que vamos ficar na Primeira Liga”, vincou o treinador em declarações à Sport TV, após o desaire caseiro com o Sporting.

Esse desígnio requer, contudo, que a equipa cónega exiba “a qualidade, a organização, a coragem e o caráter” da segunda parte “nas oito finais que restam”. “Foi pena que não o tivéssemos feito na primeira parte. Só quando estivemos por baixo reagimos. Precisamos mais de ação do que de reação”, acrescentou.

Na etapa complementar, a equipa de Guimarães “foi mais compacta”, “ganhou bolas mais à frente” e “tirou a iniciativa ao Sporting”, algo em que falhara na primeira metade, período em que sofreu os dois golos, analisou o técnico.

Nos 45 minutos iniciais, as transições que apareceram nos primeiros instantes falharam no resto do tempo. E a organização defensiva foi traída pela “eficácia do Sporting”. “Não foi pelo volume ofensivo que o Sporting nos ganhou. Foi pela eficácia e por alguma desconcentração para a qual estávamos avisados”, disse.

Ainda assim, Ricardo Sá Pinto admitiu que o Moreirense “não teve a tranquilidade de que precisava” para “ter bola” e “chegar à frente” mais vezes.