Permeável na defesa, o Pevidém continua a adiar encontro com os pontos
A magia de Pedrinho não chegou para evitar o terceiro desaire seguido na Liga 3, por 4-2, no reduto do Anadia. Castigada pelos erros defensivos, a turma de João Pedro Coelho é última na Zona Norte.

O penálti convertido por André Sousa no último quarto de hora da primeira parte, reduzindo a desvantagem para 2-1, poderia dar o ímpeto necessário ao Pevidém para, na segunda metade, alcançar um resultado que lhe garantisse os primeiros pontos na Liga 3. As esperanças saíram frustradas: na sequência de um atraso de bola mal medido por Emanuel, Elsinho isolou-se e rematou fora do alcance de André Preto.
Esse golo aos 52 minutos foi uma amostra das fragilidades defensivas dos cavaleiros de São Jorge ao longo da partida, com cruzamentos da direita e da esquerda a provocarem sucessivos calafrios na área. O Pevidém acabou derrotado por 4-2 no reduto do Anadia e, ao fim de três jornadas, continua lanterna-vermelha da Zona Norte da Liga 3, prova criada nesta época.
Sem o capitão João André, lesionado, a defesa vimaranense não demorou a tremer, mostrando-se pouco ágil no primeiro golo adversário, apontado por Vítor, decorridos cinco minutos: mais lesto do que os adversários, Diogo Costa atrasou a bola ao segundo poste em resposta a um canto da direita e Vítor limitou-se a encostar de cabeça para o fundo das redes.
Se os problemas defensivos do Pevidém não tardaram, o outro traço que distinguiu este jogo também não: o talento e a irreverência de Pedrinho, do alto dos seus 30 anos. Aos 12 minutos, o primeiro sinal: descaído para a esquerda, o médio ofensivo driblou dois atletas do emblema da Bairrada e, de pronto, fez a bola rasar o poste num remate cruzado de pé direito.
O virtuoso era o dínamo da reação à desvantagem, mas as incidências do jogo trouxeram novo dissabor às cores pevidenses: após falta de Tiago Vieira sobre Brian Cipenga, Nivaldo fez o 2-0 com uma cobrança eximia de um livre direto, aos 20 minutos.
Em maus lençóis, os comandados de João Pedro Coelho balancearam-se ainda mais para o ataque e foram recompensados com o golo do 2-1, a dar sequência ao penálti cometido por Vitor sobre Pedrinho.
As lacunas na retaguarda tramaram de novo o Pevidém a abrir a segunda parte, obrigando os cavaleiros a galoparem como podiam rumo à área do Anadia, de forma a anularem nova desvantagem de dois golos. O volume ofensivo cresceu, mas sem efeito, apesar das boas oportunidades de Vítor Hugo, aos 84 minutos, e de Totas, aos 87.
As marcas desta partida voltaram a sobressair ao cair do pano: Nivaldo aproveitou o espaço concedido pela defesa vimaranense para bisar num remate de primeira, após cruzamento da esquerda, aos 89 minutos, e Costinha fixou o resultado final em tempo de compensação, na conversão de um segundo penálti cometido sobre Pedrinho.