Pepa: um Vitória mais forte requer “estabilidade” e “consistência”
Na véspera do embate com o Boavista, o treinador admite que o Vitória tem de prolongar por mais tempo “as coisas muito boas” que faz em alguns jogos para ser uma equipa mais difícil de bater.

Pouco depois do término do jogo com o Santa Clara, despertou na equipa o “sentimento de querer ir para dentro de campo”, confessou Pepa, a propósito da derrota por 1-0 na viagem aos Açores. “Foi um jogo mau. Não tem nada a ver com o que conseguimos fazer”, completou.
A oportunidade de retificar uma exibição na qual os erros defensivos se sucederam e o volume ofensivo escasseou vai surgir nesta quarta-feira, na receção ao Boavista, adversário que, segundo o técnico vitoriano, vive a “melhor fase” da época, após ter atingido a final four da Taça da Liga, com uma goleada ao Sporting de Braga (5-1) e vencido o Moreirense para o campeonato. Pepa acredita num Vitória “igual a si próprio”, mas avisa que a equipa só pode ter sucesso quando deixar de oscilar entre “coisas muito boas” e “coisas más” ao longo dos 90 minutos.
“Não podemos oscilar de momentos muito bons para momentos muito maus. Temos de ter consistência e estabilidade no jogo. Quando estamos consistentes, conseguimos proporcionar bons espetáculos. Quando conseguirmos ser mais constantes ao longo dos 90 minutos, vai ser muito complicado jogar contra nós. Temos de melhorar isso com concentração e com trabalho”, salientou, na antevisão ao desafio da 16.ª jornada da Liga Bwin.
O treinador de 41 anos vincou mesmo que o grupo a seu cargo deseja “muito ir para dentro de campo”, para um “clássico” de “rivalidade grande”, em que, além dos três pontos, o “mais importante”, é preciso “voltar a ter alegria contagiante e volume ofensivo”.
Apesar de ter reconhecido que o Boavista melhorou os “índices de agressividade”, na disputa “da primeira e da segunda bola”, e o “processo defensivo”, revelando-se uma “equipa muito coesa e compacta” desde que Petit assumiu o cargo de treinador, após a 12.ª jornada, Pepa desvalorizou o facto de o próximo adversário viver a “melhor fase da época”.
“Isso vale o que vale. O Santa Clara estava numa fase negativa e foi muito superior a nós nos Açores. O mais importante é voltarmos a estar ao nosso nível”, exemplificou.
Para contrariar a linha defensiva de cinco jogadores dos axadrezados e os lançamentos em profundidade para o trio mais adiantado, o ‘timoneiro’ vitoriano frisou que o plantel precisa de transferir a “agressividade” dos treinos para os jogos e de apresentar mais “consistência” e “estabilidade”.
“Quando conseguirmos ser mais constantes ao longo dos 90 minutos, vai ser muito complicado jogar contra nós. Temos de melhorar isso com concentração e muito trabalho. Fazemos coisas muito boas durante alguns períodos do jogo, mas, noutros, fazemos coisas menos boas e até más”, salientou o técnico.