Pepa: “Temos de estar sempre no limite, pé na chapa, e hoje não estivemos”
Técnico criticou a atitude da sua equipa em Vizela, assumindo que não este “no limite”. No entender de Pepa “a diferença esteve na agressividade” e aí o Vizela goleou.

Pepa, treinador do Vitória SC, referiu no final da derrota em Vizela que “as camisolas não ganham jogos”, reconhecendo que “se torna mais difícil quando não se está nos limites”, tal como aconteceu no embate da 20.ª jornada da Liga Bwin, este domingo frente ao Vizela.
“Temos sido muito inconstantes, somos capazes do bom e do pior. Hoje o que fez a diferença foi a agressividade. As camisolas não ganham jogos, tem sido uma luta constante, admito isso, andamos numa inconstância tremenda. O Vizela esteve sempre muito mais agressivo, mais intenso, as primeiras e segundas bolas eram sempre do Vizela. Quando assim é torna-se muito difícil. Tem sido uma luta tremenda para dar continuidade às boas exibições. Depois de um jogo bem conseguido em casa, ainda fizemos o golo e estivemos por cima, mas foi pouco tempo. Depois veio ao de cima uma falta de capacidade e intensidade, isso não é negociável. A responsabilidade é minha. Esta cobrança dos adeptos é boa, tínhamos um apoio tremendo. Podemos empatar, perder ou ganhar, mas há uma coisa que não baixa do limite, a intensidade e a entrega. Hoje não estivemos no limite”.
Questionado sobre a cobrança dos adeptos, o técnico reconheceu que a mesma é compreensível, reforçando a ideia de que a sua equipa tem de fazer mais. “Temos de fazer mais e melhor dentro de campo. A cobrança dos adeptos é compreensível. Sabemos os erros que cometemos, mas mais do que o erro, que acontece, é ficar macios e pouco intensos. O Vizela esteve no seu limite e nós não”, disse na sala de imprensa do recinto vizelense, com a contestação dos adeptos do Vitória bem audível.
Sobre um possível reforço da equipa neste mercado de inverto, que encerra esta segunda-feira, o técnico acabou por dizer que não serão unidades individuais que vão fazer a diferença perante este tipo de atitude coletiva. “Não se trata do nome A, B ou C, se nós fizermos este tipo de jogo, sem estarmos no nosso limite, as camisolas não ganham jogos. É dentro do campo que se resolve, temos de estar sempre no limite, pé na chapa. O coletivo tem de absorver os erros com um espírito muito forte”, atirou.