Na véspera da deslocação que vai decidir o acesso à fase de grupos da Taça da Liga, o treinador do Vitória sacode a pressão para realçar o “prazer de jogar frente a um adversário”. “O tribunal é todos os dias no treino (…). Queremos muito tomar conta do jogo, ser dominantes. Sabemos o que temos pela frente. Isso requer muita concentração e rigor”, realçou na antevisão ao duelo com o Casa Pia, às 18h00 de domingo, em Lisboa.

Opositores vitorianos na segunda fase da prova, após a goleada imposta ao Académico de Viseu (4-1), os gansos têm uma “equipa muito bem organizada e orientada”, acrescentou Pepa. Os seus pupilos têm assim de “perceber onde podem ferir o Casa Pia” e de evitarem pensar “no que pode vir a seguir”. “Queremos muito estar na fase seguinte (…). Não nos podemos desviar do foco de amanhã [domingo]. É um jogo a eliminar, de mata-mata. Queremos ter qualidade de jogo e jogadores a crescerem em termos coletivos”, vincou.

Se o Vitória não dominar a totalidade dos 90 minutos e o opositor “criar algum ruído”, Pepa espera que os jogadores se mantenham “organizados”, sem “desesperos em termos táticos”, e prontos para “agredir o adversário” mal possam.

Questionado sobre a contratação de Alfa Semedo e a disponibilidade do médio para domingo, o técnico realçou que todos os jogadores “aptos clinicamente e fisicamente” são opção.

“Serão 96, mas se fosse possível mais lá estariam”

A visita ao Casa Pia marca o regresso dos adeptos vitorianos aos estádios quase 17 meses depois da última vez que deram colorido às bancadas – aconteceu a 08 de março de 2020, no triunfo sobre o Paços de Ferreira (2-1), então orientado por Pepa.

Em conformidade com as regras de segurança face à pandemia, foram disponibilizados 96 bilhetes ao Vitória, algo que o treinador disse ver como “fantástico”. “É fantástico para o futebol ter de volta os adeptos. Isolando o que interessa: se os adeptos do futebol já são especiais, estes são o quê? É com um sorriso na cara e com alguma nostalgia que vejo o regresso. Serão 96, mas se fosse possível mais lá estariam”.

A propósito do regresso do público, o timoneiro vitoriano afirmou o desejo de levar os adeptos a sentirem “orgulho no que a equipa faz dentro de campo”.