Pepa voltou a pronunciar-se sobre a expulsão de que foi vítima no passado sábado, na receção do Vitória SC ao Sporting. Depois de ter sido parco em palavras sobre os motivos da expulsão, o treinador foi mais crítico esta quinta-feira no final do treino aberto aos adeptos.

O técnico falou aos jornalistas, reforçando que a apenas saiu da sua zona técnica e questionou se um lance era para amarelo. “Estou indignado com o que aconteceu. É sentir a paixão do jogo, não estou a criticar o Fábio Veríssimo, mas o jogo estava tão bom, foi um bom jogo, por me deslocar dez ou quinze metros a protestar uma falta, o que não devia, mas ser expulso? Gosto de ajudar a equipa e não me conformo com essa expulsão”, disse Pepa.

O treinador esperava que depois do vermelho mostrado por Fábio Veríssimo não viesse a sofrer qualquer castigo, o que não aconteceu, o que deixa o Pepa ainda mais indignado. “Senti-me injustiçado no campo, mas estava com esperanças depois no castigo que quem decide e toma as decisões ia perceber que não houve motivo, mas ainda levo com um jogo de castigo. Não consigo perceber, não vou dar muitos exemplos, não o faço. Foi Dia do Pai, a minha filha a perguntar porque fui expulso e eu não tenho respostas para dar. Aconteceu, saí do risquinho”, atirou.

Pepa vai mais longe e, não se querendo comparar com outros técnicos, diz que não vai ser boda expiatório de nada. “Depois do jogo, nem falei muito. Agora mais a frio, fiquei desolado. Espero que seja corrigido, sei bem o que faço, tenho educação, paixão pelo treino e pelo jogo e não me vão catalogar como uma pessoa arruaceira e mal-educada. O que eu disse foi uma coisa normal: ‘isto é para amarelo?’ Não posso ser bode expiatório e exemplo para o que que quer seja. Não usei palavões nem, desrespeitei ninguém. Isto deixa-me mesmo triste”, vincou.