Pepa elogia “espírito vitoriano” e diz sair de “consciência tranquila”
Recém-afastado do comando técnico do Vitória, o treinador de 41 anos diz que fez sempre “tudo para defender os interesses” do emblema preto e branco e do plantel a seu cargo.

É de “consciência tranquila” que Pepa termina um percurso de 14 meses como treinador do Vitória SC: contratado em maio de 2021, o técnico natural de Torres Novas liderou o grupo que se classificou na sexta posição durante a época passada, antes de ser “afastado” de funções em plena preparação da temporada 2022/23, a nove dias do arranque oficial, com a receção à Puskas Akadémia.
"Estou de consciência tranquila: tudo fiz para defender os interesses do Vitória e do grupo de trabalho. Só posso estar grato por me terem dado a oportunidade de aqui ter estado. Não menos importante, agradeço aos meus jogadores: aos que entraram, aos que saíram, aos que jogaram mais, aos que jogaram menos, aos tantos e tantos meninos que lançámos e que têm um grande futuro pela frente. Vou torcer por cada um de vocês", escreveu hoje na rede social Instagram, enaltecendo as "mensagens e telefonemas de apoio" recebidos nas "últimas horas".
A propósito do ingresso no emblema de Guimarães, o técnico lembrou que “o Vitória queria muito o Pepa, mas o Pepa também queria muito o Vitória”: “Desejei muito estar aqui e encarnei desde o início o espírito vitoriano, o espírito de uma cidade e de uns adeptos que amam o seu clube e dizem presente nos momentos mais difíceis", acrescentou.
O timoneiro, que, no escalão principal, já orientou também Moreirense, Tondela e Paços de Ferreira, pediu ainda para o Vitória de Guimarães estar à "altura dos seus desígnios", os de um "gigante do futebol português", no ano do centenário que se assinala em 22 de setembro.
"Orgulhosamente posso dizer que foi um prazer fazer parte desta história. Porque, de facto, o Vitória está na história da minha vida", concluiu o treinador que, na época passada, somou 17 vitórias, 10 empates e 13 derrotas em 40 partidas oficiais.
Após consumada a saída de Pepa, o presidente do Vitória de Guimarães, António Miguel Cardoso, justificou hoje a decisão com um "desalinhamento" crescente entre administração da SAD e técnico quanto à política desportiva, que cruzou "uma linha que não se pode cruzar" em reunião decorrida na terça-feira.