“O que aconteceu foi mau de mais para ser verdade. Batemos no fundo. Não nos podemos esconder. Temos de ser muito fortes para lidar com este mau momento. Temos de dar a volta a isto”, descreveu Pepa na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o desaire caseiro perante o Arouca.

Para o treinador, “faltou tudo” ao Vitória no embate deste sábado à noite, no qual o Arouca foi “sempre melhor”. Imerso num “pesadelo”, a “jogar contra si próprio com bola e sem bola”, o plantel tem de “sair dele com trabalho e humildade”. “Temos de olhar para nós, temos de ser iguais a nós próprios. Os jogadores do Vitória são melhores do que isto. A bola pode ‘queimar’ num momento ou outro, mas temos de saber lidar com esta agressividade. O que aconteceu é penoso”, frisou.

Esta versão 2021/22 do Vitória era, a seu ver, melhor no primeiro jogo da época, frente ao Portimonense do que hoje. “A equipa estava muito mais confortável. Nessa altura, queríamos mais. Nesta curva descendente, parece que se perde tudo. Já jogámos muito mais do que agora. Temos de ter esse estofo, esse caráter para dar a volta”, vincou.

Desagradado com as “bolas fáceis” que o Vitória perdeu e com a incapacidade dos seus jogadores em serem “verticais e objetivos”, Pepa comparou ainda o futebol a outros campos da vida humana para defender que não há qualquer razão para se perder a “paixão pelo jogo”.

“Há situações gravíssimas na vida. Há pessoas sem emprego e sem saúde. Nós fazemos o que gostamos e estamos num clube fantástico. Temos de ter a paixão pelo jogo, que não tivemos dentro de campo. Temos de ter alma, temos de ter paixão. A vida é dura, mas não é no futebol. Todos queremos ganhar. Temos de fazer muito melhor. Não se pode ‘baixar’ os ombros após ouvir alguns assobios. Os adeptos assobiaram e com razão. Isto não foi nada”, reiterou.