Pepa: “Demos todos a vida uns pelos outros”
Orgulhoso da postura dos seus jogadores, o treinador enalteceu a “entrega”, o “sacrifício”, mas também a “qualidade” da sua equipa, que poderia ter valido o triunfo.

Mesmo sem a desejada vitória na hora do apito final, o treinador do Vitória era incapaz de esconder o orgulho na performance da sua equipa, reduzida a 10 elementos desde o minuto 10 e a nove desde os 59. Mesmo confrontada com inúmeras situações adversas, como a lesão de Rochinha, que o obrigou a ser transportado para o Hospital Senhora da Oliveira, Pepa enalteceu o facto de os jogadores nunca terem desistido de vencer.
“Quisemos ganhar o jogo, com 10 e com nove elementos. O Mumin teve caibrãs e teve de sair do campo e ficámos reduzidos a oito elementos. Demos todos a vida uns pelos outros. Não aceitamos perdas de tempo”, assinalou, na sala de imprensa do Estádio D. Afonso Henriques, após o empate a zero frente ao Belenenses SAD.
Sem querer mencionar a contestada arbitragem de Hélder Malheiro, o técnico acrescentou que, apesar de “não existirem vitórias morais”, o jogo fica na “história” face à “entrega e ao sacrifício” de jogadores “organizados e solidários”. “Os jogadores nunca se sentiram sozinhos. Sabiam que olhavam para o lado e viam um colega a ajudar. Um jogador chegava atrasado, mas estava sempre lá para ajudar o colega”, explicou.
Grato pelo apoio dos 10.462 espetadores presentes no D. Afonso Henriques, Pepa não esqueceu a “frustração” pelo resultado; no seu entender, o Vitória mostrou qualidade suficiente para vencer o jogo, apesar de não ter sido tão “pressionante” como gostaria, face às expulsões.
O treinador deixou ainda uma “palavra” de apoio a Rochinha, que caiu inanimado no relvado após um choque com um adversário aos 78 minutos. “Espero é que esteja bem. Isso é o mais importante de tudo”, disse.