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Pedro Miguel Lopes: um vimaranense com cadência que segue “na roda” da glória

A camisola amarela do Grande Prémio dos Açores pode ter trazido mais reconhecimento ao jovem de 21 anos, mas o caminho começou a ser trilhado muito antes.

26 junho 2021 > 12:10

Pedro Miguel Lopes trepou, trepou e surgiu isolado no cume da Lagoa do Fogo, já com os braços esticados para a celebrar um triunfo da resiliência e marcar mais um capítulo feliz do ciclismo vimaranense. A camisola amarela do Grande Prémio dos Açores pode ter trazido mais reconhecimento ao jovem de 21 anos, mas o caminho começou a ser trilhado muito antes.

“As maiores amizades que criei foi a andar de bicicleta”, refere ao Jornal de Guimarães. Das ruas, passou para o BTT e agora dá cartas na estrada. Corre na Kelly / Simoldes / UDO, equipa de Oliveira de Azeméis, e tem-se cimentado com um dos jovens mais promissores do pelotão nacional. Exemplos? O terceiro lugar na luta pela camisola da juventude na Volta a Portugal de 2020 – só atrás de Simon Carr, que deu o salto para uma equipa de World Tour, e Matis Louvel, ciclista que já rola nos grandes palcos; e uma prestação sólida na Volta ao Algarve, prova que contou com a presença de grandes nomes do pelotão internacional. “Nunca me tinha sentido como este ano, está a ser das melhores temporadas da minha carreira”, assinala o jovem natural de Mesão Frio.

E a vitória nos Açores foi o ponto mais alto da carreira? Pedro prefere realçar “todos os momentos” que tem vivido sobre as duas rodas. Lembra o campeonato do mundo de juniores: “Uma corrida muito especial”. Atual vice-campeão de estrada sub-23, ainda procura a melhor especialidade. No pelotão, aponta para o holandês Tom Dumoulin como uma referência: alia a apetência no contrarrelógio à capacidade para galgar montanhas.

Pedro tem conseguido tudo isto enquanto estuda. Na Universidade do Minho, está no segundo ano da Licenciatura em Biologia e Geologia. “Treino durante a semana e, por vezes, tenho provas ao fim de semana. Este semestre está a ser um pouco mais complicado”. “É um orgulho para os meus pais estar a estudar, vou tentar acabar o curso, seria o primeiro da minha família mais próxima a consegui-lo. É uma forma de retribuir todo o apoio que me têm dado”, vinca. Até lá, vai continuar a trepar e a trepar.

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