A alta velocidade vai de novo deixar rasto em vários trilhos espalhados pelo país, a começar pelos de Amarante, Baião e Marco de Canaveses, na primeira prova do campeonato nacional de ralis de 2021. O rali Terras d’Aboboreira decorre na sexta-feira e no sábado, com sete especiais em piso de terra que perfazem 316,22 quilómetros, dos quais 100,87 são cronometrados.

O primeiro dos oito ralis calendarizados para esta época conta com 52 pilotos inscritos para o campeonato nacional, dois dos quais vimaranenses: o número 10, Pedro Meireles, ao volante de um Volkswagen Polo GTI R5, com navegação de Mário Castro, e o número 33, Manuel Castro, a bordo de um Skoda Fabia R5 copilotado por Ricardo Cunha.

Campeão nacional em 2014, Pedro Meireles já assumiu ao Tempo de Jogo querer lutar pela vitória nos vários ralis, de forma a poder sonhar com novo título, e vincou, em declarações à sua assessoria de imprensa, o objetivo de entrar no campeonato com o “pé direito”. “É importante entrar com o pé direito no campeonato”, vincou. “Nada ficará decidido no final deste rali, mas os indicadores poderão vir a ser importantes para toda a temporada”.

No mais recente teste levado a cabo – o rali de Vieira do Minho, decorrido a 18 de abril -, Meireles foi o segundo piloto mais rápido, atrás do campeão nacional Armindo Araújo (Skoda Fabia R5 Evo), mas avisou que as coisas “não correram” como queria, sendo necessárias algumas afinações ao novo Polo.

Na antecâmara do Terras d’Aboboreira, o vimaranense frisou, contudo, que o “início de época tardio” permitiu “trabalhar de forma mais calma e organizada” para o rali inaugural. Pedro Meireles reconheceu também que o “campeonato está forte” e que o facto de haver “nomes sonantes vindos de fora” é uma “motivação extra” para começar a temporada; entre os pilotos estrangeiros, contam-se, por exemplo, o inglês Chris Ingram (Skoda Fabia R5 Evo), campeão europeu de ralis em 2019.

Escolha de pneus vai influenciar resultados

Já Manuel Castro, terceiro mais rápido no rali de Vieira do Minho, parte para o campeonato com o intuito de obter uma classificação final entre os cinco primeiros, conforme já tinha adiantado. “O objetivo é o top cinco do campeonato português de rali”, disse ao Tempo de Jogo. “Se lá chegarmos, já é um grande prémio para nós. Vamos competir com gente profissional e nós somos amadores”, realçou.

Ciente de que competir com pilotos estrangeiros profissionais é bom para aferir o nível em que se encontra, o piloto de Caldas das Taipas adiantou que o rali Terras d’Aboboreira tem “características duas”, especialmente neste ano, já que, neste momento, tem “muita pedra”.

Para Manuel Castro, a escolha de pneus é um dos fatores que mais pode influenciar o desfecho da corrida, para além das afinações que cada equipa decide fazer. “O carro tem-se apresentado estável, muito bom. Estamos contentes com o trabalho feito na preparação para a prova. Só na prova iremos saber se as afinações são as eficazes. Esperemos que sim”, reconheceu.

Depois das provas de qualificação e de teste ao longo da manhã, o primeiro dia do rali organizado pelo Clube Automóvel de Amarante conta ainda com duas especiais em Amarante, às 15:50 e às 17:35. O sábado começa com uma especial no Marão, às 10:05, à qual se seguem mais quatro: Baião, que é a mais longa, com 19,17 quilómetros (11:00), Marão 2 (12:45), Aboboreira 1 (15:40) e Aboboreira 2 (18:20).