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Passado e Presente

Mesmo com um passivo de 60 milhões, registei pelas intervenções e apartes, que ouvi na assembleia da SAD, que em março poderemos ter três ou quatro candidatos

20 dezembro 2021 > 00:00

A última semana teve dois momentos importantes na vida vitoriana.

No domingo, 19, foi apresentado o livro idealizado, ilustrado e coordenado por Miguel Salazar “O clube d’O Rei, 100 anos de cartoons”. É um documento marcante para o registo da história do Vitória. Graficamente de excelência, é um prazer folheá-lo e admirar as qualidades de desenho do autor. Bem organizado, irá sem dúvida trazer novos contributos para recordar memórias e emoções. Não li ainda os textos, a não ser naturalmente aquele de que sou autor, mas irei fazê-lo com o maior dos prazeres. É natural que não concorde com alguma das visões publicadas. Costuma-se dizer que quando há dois juristas a apreciar uma contenda, há duas opiniões jurídicas. Também na história, por vezes, sucede. Particularmente quando a investigação não privilegia a história factual, mas a pré-história das reuniões formais e informais, das notícias colocadas na imprensa panfletária a assinalar o protagonismo deste ou daquele.

Pouco importante. A memória testemunhada que ouvi daqueles que viveram os anos 1920 sempre me ensinou que foi António Macedo Guimarães, da “Chapelaria Macedo”, o primeiro líder na formação do Vitória. Nada importará se no registo formal assim não sucedeu. Até ao “Benlhevai”, tudo foi pré-história e informalidade.

Na quarta-feira, 15, foi a vez do presente vitoriano com a realização de uma assembleia geral da Vitória SAD. Apresentado e votado um plano de reestruturação económico-financeira da sociedade. Como em todos os planos há boas intenções. Aumentar receitas e diminuir custos. Realizar mais-valias financeiras com a valorização de jogadores. Reduzir os custos fixos dos milhões do futebol ao mais alto nível.

Diria que, apesar da intensidade oratória dos protagonistas das várias oposições vitorianas que se manifestaram, todos estaremos de acordo, sócios, acionistas, administração e futuros candidatos alternativos.

O que mais me surpreendeu foi o número elevado destes. Regresso à história vitoriana e aos anos do século passado onde se andava de janeiro a abril à procura de alguém que aceitasse carregar a pesada nau vitoriana. As eleições eram anuais, mas atrasavam-se sempre porque ninguém se oferecia, e era preciso pressionar muito para qualquer que fosse aceitar ser Presidente do Vitória.

Agora, mesmo com um passivo de 60 milhões, registei pelas intervenções e apartes, que ouvi na assembleia da SAD, que em março poderemos ter três ou quatro candidatos. Nem as mediáticas investigações ao mundo financeiro do futebol atemorizam o frenesim dos pretendentes às presidências das SAD e dos clubes.

Sinal dos tempos…

 Positivo ou negativo?

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