Para duelo com o Tondela, Sá Pinto pede inspiração na “revolta” de Barcelos
Treinador sente que uma equipa “corajosa” e “destemida” como a sua merece a Liga Bwin. Após a “grande vitória” sobre o Gil, técnico exige aos seus jogadores para serem ativos nos 90 minutos.

“Trabalhar sobre vitórias é sempre melhor, e que vitória. Foi uma grande vitória”, começou Ricardo Sá Pinto, em jeito de resumo ao espírito que se apossou do plantel na semana de trabalho que agora termina. Na jornada anterior, os cónegos encerraram um ciclo de sete jogos sem triunfos perante o Gil Vicente, quinto classificado, a jogarem em inferioridade numérica por quase toda a segunda parte; essa foi uma prova de que o Moreirense FC “não é uma equipa qualquer”, prosseguiu.
O treinador enalteceu a “alma” de uma equipa “corajosa e destemida” para apregoar que a “revolta” extravasada em Barcelos pode ser ingrediente chave para derrotar o Tondela. “Temos de continuar a mostrar revolta. Se não o fizermos, não conseguimos o nosso objetivo e não teremos o sucesso que merecemos. Estou muito orgulhoso com o comportamento da equipa, que está sob grande pressão”, vincou, na antevisão à 30.ª jornada da Liga Bwin, momento para um duelo de aflitos entre Moreirense e Tondela. O pontapé de saída está marcado para as 15h30 de sábado, no Comendador Joaquim de Almeida Freitas.
Com a sua equipa no 17.º lugar, com 23 pontos, e o adversário em 16.º, com 25, o técnico vê como “importante” uma vitória sobre os beirões, eventualmente por uma margem que lhe dê vantagem “no confronto direto” – o Moreirense perdeu por 2-1, na primeira volta. Face à preponderância do jogo, Sá Pinto antecipa “muitos duelos” a toda a largura e comprimento do relvado, mas um Tondela calculista de igual modo.
“Por aquilo que vi, o Tondela organiza-se bem num bloco médio-baixo à espera de um erro do adversário. Tem jogadores rápidos nas alas. É uma equipa organizada, que vai ter paciência, que sabe que está por cima na classificação. Um empate para eles não será mau. Vai claramente ser paciente e esperar pelo momento deles”, detalhou.
Para solucionar um obstáculo em tal postura, os jogadores verde e brancos não podem “ser reativos”; têm de “agir do primeiro ao último minuto”, de preferência com “o apoio” de muito público, face à abertura de portas que o Moreirense vai promover.
“Precisamos de sentir a força da vila de Moreira de Cónegos. Precisamos que venham e nos apoiem até ao fim. é uma oportunidade para mostrarmos que, apesar de sermos poucos, somos bons. Continuo a apelar para que venham no máximo número possível”, pediu.
Não sofrer para se estar mais perto de marcar
O técnico confessou ainda o objetivo de manter a baliza a salvo na receção ao Tondela, algo que se verificou pela última vez em 28 de dezembro de 2021, quando a equipa ‘verde e branca’ derrotou o Estoril Praia (1-0), para a 16.ª jornada.
“Quando não sofremos, estamos sempre mais perto de marcar. Temos de manter a organização defensiva e o espírito coletivo de 11 irmãos a ajudarem-se no tempo que for preciso, sempre com o objetivo claro de fazer golos. O que nos está a fortalecer jogo após jogo é sermos cada vez mais fortes em termos defensivos”, observou.