Objetivo era a 2.ª Divisão, mas a 3.ª ajusta-se à “estrutura” do Lordelo
Desempenho na Fase de Descida da 2.ª Divisão Nacional evitou queda para os campeonatos distritais. O ACR Lordelo vai competir na nova 3.ª Divisão, ajustada à sua “realidade”, crê o treinador.

Na próxima época, o ACR Lordelo vai representar o concelho de Guimarães nas provas nacionais de futsal masculino, a par do primodivisionário Candoso. Gorada a hipótese de se manter na 2.ª Divisão Nacional em meados de maio, com o sexto lugar na Série B da 1.ª fase, a equipa da vila banhada pelo rio Vizela ficava com o seu destino reduzido a duas opções na etapa que se seguia: cair para os escalões da Associação de Futebol de Braga ou ingressar na nova 3.ª Divisão, o mais baixo dos campeonatos nacionais para a próxima época.
O desfecho foi mesmo a 3.ª Divisão. “Será um campeonato ajustado à realidade do Lordelo, que aí terá condições para ser uma equipa forte”, antecipa o treinador, Luís Araújo.
Tudo se decidiu entre 29 de maio e 06 de junho: os triunfos caseiros sobre os Amigos de Cerva, de Ribeira de Pena, por 3-2, e sobre os também vimaranenses Piratas de Creixomil, que caíram para os distritais (4-1), carimbaram o passaporte para a nova competição, apesar do desaire no reduto do Mogadouro (6-4).
Os lordelenses terminaram a Série B da Fase de Descida na segunda posição e estiveram finalmente mais “próximos daquilo que são capazes”, após uma “época difícil”, sem o público nas bancadas a contribuir para um “fator casa” que habitualmente “fazia muita diferença”, salienta o técnico. “Normalmente conseguimos bater-nos de igual para igual contra equipas melhores do que nós e, neste ano, não conseguimos. Perdemos contra os adversários diretos todos”, explica.
Timoneiro do ACR Lordelo há cinco temporadas e meia, Luís Araújo reconhece que a temporada “ficou um bocadinho aquém das expetativas”, não tanto pelos resultados, porque os adversários classificados mais acima na 1.ª Fase eram realmente melhores, mas talvez pela meta “demasiado ambiciosa” de permanecer na 2.ª Divisão. No entender do treinador, o clube até disputar esse campeonato na próxima época, mas para aí permanecer mais tempo teria de mudar a estrutura.
“Tínhamos condições para estar pelo menos um ano na 2.ª Divisão, mas ou depois haveria uma mudança estrutural ou, de facto, a organização do Lordelo não é de 2.ª Divisão”, descreve, realçando que o clube atingiu o “objetivo mínimo” para a temporada.
Como os últimos classificados da Fase de Subida à 1.ª Divisão caíram para a 3.ª Divisão, Luís Araújo crê que o novel campeonato vai ser “igualmente competitivo” face ao da 2.ª, embora com a diferença de enquadrar melhor emblemas sem “estruturas muito grandes”, como o ACR Lordelo.