O Vitória também mexe com Guimarães nas urnas
Em ano de centenário, os sócios voltam às urnas a 05 de março para decidirem o rumo do clube. Vem aí a 11.º duelo eleitoral de uma democracia que se esboçou nos anos 70 e se consumou nos anos 80.

* Bruno José Ferreira e Tiago Mendes Dias
Distante da polida aparência que hoje ostenta, a rua D. João I acolhe dezenas de pessoas em fila. Aquele rio de gente, a correr de manhã, de tarde e ao início da noite, desagua no edifício que ocupa a esquina com a rua Doutor Bento Cardoso: trata-se da sede do Vitória, e o dia é de eleições para os órgãos sociais. A multidão faz-se de homens, sobretudo, mas, lá pelo meio, há uma mulher de 29 anos, grávida daquela que é hoje a sua filha, ávida por exercer o seu direito de voto.
“Naquela altura, nem todas as mulheres iam ao futebol, quanto mais votar para o presidente do Vitória. Fui pela primeira vez em 1988”, testemunha Maria Emília da Costa, a sócia número 1480 do clube que se veste de preto e branco.
O calendário marcava o dia 06 de fevereiro e o sufrágio à mercê dos sócios encerrava um duelo entre António Pimenta Machado, o líder do clube desde 1980, pela lista B, e Eduardo Fernandes, empresário até então ligado à Associação de Ciclismo do Minho, pela Lista A. No dia anterior, o Notícias de Guimarães apresentava, na edição semanal, entrevistas com os representantes das candidaturas.
NOTA: Este é o artigo de capa da edição #11 do Jornal de Guimarães em Revista, lançada a 11 de fevereiro. Para ler este e outros artigos na íntegra, compre um exemplar por 2,5 euros ou torne-se assinante do JdG.