É na capital portuguesa que tudo começa. O prólogo da Volta a Portugal é o tiro de partida para 1568 quilómetros a pedalar pelas estradas lusas. Dos 177 ciclistas na grelha de partida, há um vimaranense: Pedro Miguel Lopes, da Kelly/Simoldes/UDO, representa o concelho na prova rainha do ciclismo português. Uma das figuras da equipa de Oliveira de Azeméis, o jovem ciclista vem apresentando bons resultados e vai ter várias oportunidades para replicar as últimas exibições.

Pedro Miguel Lopes começou a temporada com uma boa réplica na luta pela juventude da Volta ao Algarve. Num pelotão recheado de nomes do ciclismo internacional, o natural de Mesão Frio ficou atrás do lote de ciclistas da Hagens Berman Axeon (uma das principais canteras do ciclismo mundial), de Carlos Rodriguéz, da INEOS Granadiers, e do português Afonso Silva.  

Para além de ter vencido a etapa rainha e conquistado o Grande Prémio dos Açores, o vimaranense ficou à porta das medalhas nos "Nacionais de sub-23" e, mais recentemente, venceu a juventude na Volta ao Alentejo, prova com pergaminhos no panorama velocipédico português. Na edição especial da Volta a Portugal de 2020, mais curta devido aos constrangimentos causados pela pandemia de covid-19, ficou apenas aquém de Simon Carr e Matis Louvel, ambos com experiência em corridas World Tour.

Uma armada espanhola em Portugal

E há muitas razões para seguir a prova rainha do ciclismo português: para além da luta pela amarela, que tem na equipa da W52-FC Porto o alvo a abater -- ganhou a geral nas últimas cinco edições --, há um regresso inesperado: a Movistar, formação histórica do ciclismo mundial. "A Movistar Team regressa à Volta à Portugal 19 anos depois da sua última participação, em 2002, quando ainda competia com o nome de i.Banesto.com", referiu a equipa em comunicando divulgado nas redes sociais. 

A presença da equipa do World Tour marca o regresso de uma formação do escalão máximo do ciclismo à prova portuguesa, algo que não acontecia desde 2011, quando a italiana Lampre marcou presença numa edição ganha por Ricardo Mestre. Com nomes como Samitier, Juan Diego Alba ou Carretero, a equipa onde corre o português Nélson Oliveira promete dar trabalho à W52-FC Porto quando a estrada inclinar.

Nove equipas lusas

Vão participar 19 equipas, podendo cada conjunto alinhar com um máximo de sete corredores. A Volta faz-se com dois contrarrelógios individuais (Prólogo e última Etapa), 27 metas volantes e 33 prémios de montanha (4 Contagens de 1.ª categoria, 5 Contagens de 2.ª categoria, 13 Contagens de 3.ª categoria,10 Contagens de 4.ª categoria e 1 Contagem de Categoria Especial - Torre).

Entre as equipas destaca-se a Movistar, formação do Escalão UCI World Teams, mas há mais:

- 7 equipas do Escalão UCI Proteams

- 11 equipas do Escalão UCI Continental Teams

- 9 equipas portuguesas

- 5 equipas espanholas (segundo país com maior representatividade)

Lista de etapas da Volta à Portugal:

4 Agosto: Prólogo: Lisboa – Lisboa, 5,4 km (CRI)
5 Agosto: 1.ª Etapa: Torres Vedras – Setúbal, 175,8 km
6 Agosto: 2.ª Etapa: Ponte de Sor – Castelo Branco, 162,1 km
7 Agosto: 3.ª Etapa: Sertã – Torre, 170,3 km
8 Agosto: 4.ª Etapa: Belmonte – Guarda, 181,6 km
9 Agosto: Descanso
10 Agosto: 5.ª Etapa: Águeda – Senhora da Assunção (St.º Tirso), 171,3 km
11 Agosto: 6.ª Etapa: Viana do Castelo – Fafe, 182,4 km
12 Agosto: 7.ª Etapa: Felgueiras – Bragança, 193.2 km
13 Agosto: 8.ª Etapa: Bragança – Serra do Larouco, 160,7 km
14 Agosto: 9.ª Etapa: Boticas – Senhora da Graça, 145,5 km
15 Agosto: 10.ª Etapa: Viseu – Viseu, 20,3 km (CRI)