“Desistir? Nunca”. A bancada acreditava: o Candoso entrava na derradeira jornada da Liga Placard num lugar de descida e sabia que, para fazer a festa, era preciso não perder contra o Nun’Àlvares e esperar um passo em falso do Viseu 2001 e/ou Portimonense. Houve incerteza até ao fim, mas um empate caseiro selou mais um ano de Candoso no mais alto escalão do futsal português.

Embalada pela falange de apoio, a turma de Henrique Passos sondava a baliza dos forasteiros e não foi preciso esperar muito tempo para o primeiro golo. O capitão Julinho (4’) deu alento às aspiraçãoes dos vimaranenses. No entanto, o já despromovido Nun’Àlvares agitava com a inspiração de Jo. Os homens de Fafe chegariam mesmo ao empate (15’) e terminaram a primeira metade por cima na partida.

As atenções dividiam-se por três campos. Um empate do CR Candoso em Guimarães até podia bastar, caso o Viseu 2001 não ganhasse ao Leões Porto Salvo – algo que acontecia ao intervalo; em Oliveira de Azeméis, o Portimonense vencia os da casa.

Prometia ser até ao fim. Cris e Thales ameaçaram ainda antes de estarem cumpridos os primeiros três minutos da segunda parte. Aos 6’, João Vigário aparece na cara de Garcez, mas não consegue recolocar o Candoso em vantagem. O pavilhão fervia, a massa adepta acreditava que Guimarães continuaria representada no mais alto escalão do futsal português.

Em Viseu, os da casa faziam pela vida e iam apagando a desvantagem: diferença de um golo a seis minutos do fim. Em Guimarães, o empate ia servindo. Mas a inquietação crescia – os fafenses também ameaçavam a baliza vimaranense. Acrescia a ineficácia dos caseiros: uma bola cruzada por Thales (36’) encontra um companheiro, mas, com a baliza totalmente deserta, e por capricho, a bola não cruza a linha.

A festa fez-se com 30 segundos para o fim. O Viseu 2001 perdeu e estava certo mais um ano de CR Candoso na primeira.