Mira fixada no 5.º lugar, com a certeza de que um triunfo garantia matematicamente o 6.º. O Vitória entrava assim em campo contra o Santa Clara, mas a responsabilidade esbarrou no desprendimento de quem jogava sem precisar de fazer contas. Os vitorianos passaram 30 minutos sob domínio dos forasteiros e conseguiram, na primeira oportunidade, acalmar o público do Afonso Henriques. Óscar cabeceou e pavimentava caminho para os três pontos, mas tudo acabaria empatado. Os insulares aproveitaram o desconforto constante dos vimaranenses e empataram a partida no segundo tempo. Resultado final: 1-1.

Tudo saiu gorado ao Vitória nos primeiros 30 minutos. O Santa Clara pressionava alto, inquietava a turma de Pepa e era dono e senhor do jogo. Aos 13’, Lincoln avisou: Tiago Silva perde a bola em zona recuada, a bola chega ao brasileiro dos insulares, que remata por cima. Três minutos volvidos, a bola entra mesmo. Allano, sempre inconformado, cruzou a bola e viu Tagawa, num movimento técnico exemplar, cabecear para o golo. O avançado japonês estava, no entanto, em posição irregular por 10 centímetros.

As bancadas exasperavam e o melhor remédio foi o golo. Quando pouco o fazia prever, na primeira aproximação à área contrária, aos 30’, Estupiñan cabeceia para o 13.º da conta pessoal. Tudo começa com uma recuperação de Alfa Semedo, que lança Rafa Soares para cruzar para a pequena área, onde Estupiñan ataca ao primeiro poste com tudo.

Antes do fim da primeira metade, Nélson da Luz (tinha rendido entretanto o lesionado Rochinha) dribla um adversário, rompe pela área, cruza e encontra o pé direito de Rafa Soares; o remate sai ao lado.

O Vitória que regressou dos balneários não conseguia domar o jogo e o Santa Clara aproveitou. Um penalti deixava tudo empatado na partida. Lançamento lateral de Sagna, Mumin salta com Boateng e a bola desvia na mão. Hugo Silva foi ver as imagens e acabou por assinalar o castigo máximo. Allano bate, Varela adivinha o lado, mas a bola entra mesmo.

Pepa lança Bruno Duarte na partida e passa a jogar com dois avançados. O objetivo era claro: com a meia hora que restava jogar, partir em busca do golo contra um adversário que apenas tinha um triunfo fora de portas no campeonato e que permitisse colocar pressão num Gil Vicente com encontro marcado com o Sporting CP na noite deste domingo. Tal não aconteceu. Pouco incisivos, os vimaranenses não criaram situações de perigo até ao apito final. 

A ronda 32 é de deslocação para o Vitória, que tem encontro marcado com o Boavista. Os vitorianos seguem com 43 pontos na tabela com duas jornada para jogar. O 5.º posto ainda é possível, mas está totalmente dependente do que o Gil Vicente vai fazer nas jornadas que restam disputar.