O cenário estava feio: os pupilos de João Pedro Coelho até estiveram por cima na maior parte do tempo, mas, ao minuto 62, voltaram a pagar a falta de engenho ofensivo e as perdas momentâneas de concentração defensiva evidenciadas na ronda anterior, frente ao Anadia.

Na sequência de um canto da esquerda, um vulto vermelho e branco apareceu solto entre o emaranhado de jogadores vestidos de azul; Pedro Santos teve tempo para cabecear junto à pequena área e para a recarga certeira após defesa de André Preto. O Pevidém via-se em desvantagem, com alguns elementos vestidos de azul a erguerem os braços com ar de desespero.

A quarta derrota no campeonato aproximava-se à medida que o cronómetro avançava. Ainda não é certo que a Liga 3, consumada em abril, numa temporada 2020/21 de sonho, se venha a transformar em pesadelo, mas este arranque já forçou o plantel a uma travessia no deserto. Ainda assim, os cavaleiros de São Jorge galoparam a velocidade suficiente para encontrarem um pequeno oásis ao minuto 90: Vítor Hugo superiorizou-se aos defesas na hora de segurar uma bola longa e ensaiou o remate. A bola encontrou Leonardo, mas Jorginho, oportuno, aproveitou a sobra para a empurrar para o fundo das redes.

Assim terminou um jogo mais transpirado do que inspirado, com os duelos pelo ar a imporem-se às combinações junto à relva e as oportunidades a escassearem, apesar da supremacia territorial vimaranense.

Mesmo com o empate, o Pevidém continua 12.º classificado e lanterna-vermelha da Zona Norte da Liga 3, agora em igualdade pontual com o Canelas, que recebe neste domingo o Sporting de Braga B. No próximo fim de semana, os homens de João Pedro Coelho recebem o Trofense, para a segunda eliminatória da Taça de Portugal, e voltam ao campeonato a 02 de outubro, no reduto do Fafe.