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Na concentração, no rigor ou na energia, Vitória tem de estar no “limite”

Mais do que “ganhar” ao Marítimo, Pepa quer uma exibição que alie volume ofensivo e “foco” permanente. Treinador rejeitou que o adversário esteja “fragilizado” pela eliminação na Taça.

21 outubro 2021 > 13:20

“Nesta casa, neste balneário, nesta equipa técnica, vimos de duas vitórias, mas ninguém está satisfeito. Queremos ganhar, mas queremos ganhar bem”, sentenciou Pepa, ao antecipar o duelo de sexta-feira com o Marítimo, que assinala o regresso do futebol ao D. Afonso Henriques passado quase um mês do último jogo oficial – derrota com o Benfica.

Mesmo reconhecendo que uma série de dois triunfos consecutivos – Famalicão e Oliveira do Hospital – é sempre positiva, o treinador lembrou que é preciso mais: uma performance com volume ofensivo, repleta de “energia”, sem esquecer o “foco”. “Queremos mais e melhor. Queremos os três pontos, mas também queremos mostrar concentração e rigor. Queremos jogar bem”, acrescentou, ao projetar o desafio marcado para as 20h15.

Pepa já reconheceu que a equipa perde concentração e rendimento a meio dos jogos quando se depara com uma circunstância desfavorável: assim aconteceu em Arouca e em Tábua, para a “prova rainha”, apesar de ter segurado a vantagem até ao fim. Para o timoneiro, a solução passa por manter o foco no “limite” a todo e qualquer instante do jogo.

“A concentração requer algo muito específico. A concentração cansa. Um jogador de xadrez tem todas as condições para não se cansar, pois está sentado, mas acaba um jogo exausto. Mesmo quando a bola está longe, é preciso manter os equilíbrios. Se a bola estiver fora do campo, pode ser um momento de ‘esfregar’ o olho, mas não dá. O foco tem de estar sempre no limite”, disse.

Se o Vitória ainda passou por alguns calafrios na Taça de Portugal, o Marítimo foi mesmo eliminado: caiu aos pés do Varzim, no desempate por grandes penalidades (3-2, após o 2-2 verificado ao fim de 120 minutos). Ainda assim, Pepa rejeitou a tese de um adversário “fragilizado”.

“É outra competição, é outro jogo. o que normalmente acontece nesta vida é queremos ir lá para dentro marcar dedo. Temos é de pensar na nossa equipa, sabendo que, do outro lado, há uma equipa competente, com bons jogadores e um treinador que conhece muito bem o nosso futebol”, disse.

Pepa comentou igualmente a possibilidade de o D. Afonso Henriques acolher pela primeira vez um jogo sem restrições de lotação desde o aparecimento do novo coronavírus, algo que, a seu ver, deve ser aproveitado pelos jogadores.

“Temos de aproveitar os nossos adeptos, o ‘fator casa’, a ajuda que nos dão, o ‘vento’ a favor nas nossas costas. Não sei quantas pessoas estarão presentes. Espero que estejam muitas. Cabe-nos tornar este campo muito difícil para quem cá vem”, frisou.

Questionado ainda sobre o ciclo que se segue, com partidas frente a Benfica, para a Taça da Liga, na quarta-feira, e com o Sporting, em 30 de outubro, para o campeonato, Pepa disse recear mais a “frequência de jogos” do que os “nomes dos adversários”, mas afirmou-se convencido de que tem opções para “apresentar o melhor ‘onze’ em cada jogo”.

Com o extremo Rúben Lameiras apto, após ter sido infetado com o novo coronavírus, os defesas Jorge Fernandes e Sílvio, o médio Gui e o avançado Herculano são os atletas vitorianos indisponíveis por lesão.

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