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Município atribui 3 milhões ao desporto: há dois projetos que se destacam

Apoio anual da Câmara Municipal aos clubes e às Juntas de Freguesia visa infraestruturas, formação e financiamento a atletas. Em Mesão Frio, um clube renasce das cinzas. O CART abre pavilhão à escola.

18 março 2022 > 07:30

Mais de três milhões de euros é a verba que a vereação municipal deliberou em reunião de Câmara para apoiar os clubes desportivos vimaranenses no corrente ano. Em cima da mesa estão novos projetos de construção de infraestruturas, requalificação de estruturas existentes, apoio à realização de eventos de cariz desportivo, e apoio à formação.

Há uns anos a esta parte a instalação de relvados sintéticos para a prática de futebol tem sido uma das principais bandeiras da aposta municipal no desporto, restando já poucos pelados no futebol federado vimaranense.

862 mil euros é o valor investido na construção e requalificação de instalações desportivas com comparticipação plurianual, com natural destaque para os novos relvados sintéticos que vão nascer no Campo da Fraga, em Santo Estêvão de Briteiros, em Selho São Cristóvão no parque de Lazer da freguesia, de forma a servir o São Cristóvão, e também em Nespereira, para servir a Associação Cultural Recreativa e Desportiva, que disputa os campeonatos de futebol popular. Nestes três casos foi atribuída a verba de 200 mil euros em quatro anos para a colocação de relvado sintético.

Também em Barco será substituído o relvado de futebol de 7 existente no parque de lazer, assim como Os Sandinenses terá um novo sintético no seu complexo desportivo. Ainda no campo dos apoios referentes a melhoria das instalações, o município tem feito por apoiar iniciativas que visem melhorar a eficiência energética dos clubes tendo em vista à sustentabilidade ambiental, salientando-se nesta temática o Selho, que irá proceder à instalação de painéis solares e baterias de armazenamento para fornecimento de energia para os balneários.

O leque de apoios municipais contempla também o habitual apoio à formação desportiva, no qual o município distribui 473 mil euros por mais de cinquenta clubes que albergam várias modalidades distintas, sendo ainda destinados 98 mil euros para deslocações ao estrangeiro.

 

CART reformula pavilhão e abre-se à comunidade escolar

De entre os vários clubes com projetos contemplados para potenciar a sua atividade desportiva salta à vista o investimento no Centro de Atividades Recreativas Taipense (CART), que com o subsídio de 200 mil euros distribuídos pelos próximos quatro anos vai poder reorganizar a orgânica do seu pavilhão e, dessa forma, repensar o seu dia a dia de forma a ter mais espaços e poder gerir da melhor forma esses mesmos espaços.

Essa intervenção tem uma componente comunitária, uma vez que inclui a Escola Básica da Charneca, paredes-meias com o pavilhão. Os balneários serão relocalizados, passarão a existir no espaço entre o pavilhão e a escola, permitindo que a referida escola de primeiro ciclo pertencente ao Agrupamento de Escolas das Taipas possa utilizar esta valência desportiva no horário letivo.

“Está prevista uma ligação direta à escola, para que as crianças possam passar diretamente para o pavilhão já nesta primeira fase da intervenção, de forma a poder usufruir do espaço”, realça Maria Lopes, presidente do CART. A líder máxima do clube fala em primeira fase, uma vez que o projeto do clube taipense é mais abrangente e prevê uma reformulação de maior nomeada nos próximos anos. “Aquilo que vamos fazer é uma reestruturação ao pavilhão, aos seus espaços que complementam a nave, mas será apenas a primeira fase de um projeto maior”, explica.

 

A obra está devidamente licenciada e ultimam-se preparativos para que a intervenção possa arrancar em breve. Posteriormente, na segunda fase a ideia passa por reestruturar o espaço dos balneários atuais, transformando-os em novas salas de apoio para a prática de atividades como ballet, zumba e karaté, tornando esses espaços também áreas de aquecimento.

“Vamos tornar muito mais úteis todas as zonas do pavilhão, excetuando a nave – que não sofrerá alterações –, tornando estes espaços mais agradáveis e, sobretudo, funcionais”, sublinha Maria Lopes, ressalvando que “todas as modalidades serão beneficiadas”, na medida em que o clube apenas dispõe de uma sala neste momento e, com esta intervenção, passará a contar com quatro apenas no primeiro andar.

“No rés-do-chão, os balneários antigos irão passar a salas de aquecimento o que permitirá estar a trabalhar nas salas, nas salas de aquecimento e no ringue várias modalidades ao mesmo tempo”, aponta a presidente do clube que conta com cerca de 170 atletas de modalidades como hóquei em patins, neste caso o único clube do concelho com esta modalidade, assim como voleibol, karaté, patinagem e quadcross.

 

Águias de São Romão: um clube a renascer das cinzas em Mesão Frio

O apoio mais surpreendente do município terá sido o que foi atribuído à Junta de Freguesia de Mesão Frio, de 150 mil euros, para a aquisição de um terreno para a construção de campo de futebol na freguesia. Sem qualquer clube em atividade, a edificação de um campo de jogos está ligada ao renascer do Águias de São Romão, o clube da freguesia que há vários anos está inativo.

José Silva, atual presidente da Junta de Freguesia de Mesão Frio, tem trabalhado na sombra de forma a que seja possível voltar a ter futebol na freguesia, através da reativação do Grupo Desportivo Águias de São Romão.

“O clube tinha uma dívida nas Finanças e na Associação de Futebol de Braga, já está tudo pago e, neste momento, temos o Águias de São Romão pronto a regressar à atividade”, aponta o autarca que é igualmente presidente do clube, informando que há cerca de centena e meia de miúdos na freguesia que, devido à inexistência de um clube ativo, estão a jogar em instituições de outras freguesias. Estão, portanto, lançadas as bases para que a freguesia que abraça parte da encosta da Penha possa voltar a ter futebol, com o foco direcionado para a formação.

E o processo até já está avançado, segundo dá conta José Silva, que tem o terreno negociado, faltando apenas fazer a escritura, algo que terá lugar nos próximos dias, uma vez que o apoio camarário já está atribuído. Quem cruzar a Rua de São Romão já vislumbra uma lona com o símbolo do clube e com um relvado sintético. “A ideia é neste mandato concluir tudo, fazer o projeto, arrancar com o projeto e fazer o campo de futebol, bancadas e balneários”, explica José Silva ao Jornal de Guimarães.

 

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