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Moreirense sufocado por um leão que parecia ter asas

Bloco baixo dos cónegos foi demolido pela velocidade e criatividade do Sporting nas faixas, cruciais para os golos que resolveram o jogo. Equipa de Sá Pinto tarda em deixar o penúltimo lugar.

14 março 2022 > 22:10

As hostes de Moreira de Cónegos já estavam acauteladas para as dificuldades de enfrentar o leão; o treinador Ricardo Sá Pinto reconhecera, na antevisão, que a equipa vimaranense precisava de estar bem ao longo dos 90 minutos frente a um adversário que é campeão em título e segundo classificado na presente edição da Liga Bwin. Era também preciso impedir o Sporting de “ganhar confortavelmente a vantagem”, acrescentou. Ora, ao intervalo, o Moreirense FC já perdia por 2-0, aquele que viria a ser o resultado final.

Os axadrezados de Guimarães organizaram-se com tração atrás, procurando sobretudo impedir a construção leonina para responder no contragolpe, mas o plano acabou estragado pela destreza e pelo repentismo acoplados às laterais do adversário. Na primeira metade principalmente, os pupilos de Sá Pinto não enfrentaram apenas um leão forte; depararam-se com um leão alado para o qual faltou antídoto.

A pujança das asas do Sporting fez-se sentir logo nos primeiros minutos, ora por Porro e Marcus Edwards na direita, ora por Matheus Reis na esquerda. Pelo meio, uma réplica muito breve: remate de André Luís para defesa atenta de Adán.

A pressão leonina sobre a retaguarda cónega intensificou-se, obrigando Mateus Pasinato a uma grande defesa em oposição ao remate de longe de Matheus Nunes. Estavam decorridos 28 minutos e pairava no Comendador Joaquim de Almeida Freitas um prenúncio de golo. Um minuto depois, não houve defesa possível para o cabeceamento de Slimani: agora na esquerda, Marcus Edwards efetuou um cruzamento teleguiado para o cabeceamento decisivo do argelino, ao segundo poste.

Incapaz de reagir à energia da turma de Rúben Amorim, quase sempre canalizada para as alas, o Moreirense sofreu o segundo golo 10 minutos depois: o ex-Vitória Edwards tocou de calcanhar para Porro, e o lateral espanhol tirou um cruzamento largo para o segundo poste, onde apareceu Paulinho. De primeira, o avançado de 29 anos disparou para o fundo das redes.

Assim se sentenciava o resultado de um jogo que perdeu presença junto às balizas na segunda parte. Perante um Sporting que privilegiou a circulação de bola para gerir a vantagem, a ofensiva do Moreirense em busca de um outro resultado surgiu apenas a espaços, tendo Ibrahima Camará e Derik Lacerda como principais dínamos. O remate acrobático com pontaria desastrada do extremo brasileiro, ao minuto 68, foi o lance mais bem desenhado de um conjunto sempre distante de reentrar em jogo.

Assim se cumpriu o quinto jogo consecutivo do Moreirense sem triunfos. Incapaz de aproveitar as perdas de pontos de Arouca e Tondela, as formações logo acima na tabela, a equipa de Ricardo Sá Pinto teima em manter-se num incómodo 17.º lugar, com 20 pontos ao fim de 26 jogos. Na próxima jornada, os verdes e brancos de Guimarães visitam o reduto do Paços de Ferreira, em duelo marcado para as 15h30 de domingo.

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