Moreirense só é de Segunda no papel: réplica ao Braga frustrada no fim
Turma de Paulo Alves viu-se em desvantagem após erro crasso, reagiu com golo de bicicleta e manteve-se equilibrado até bem perto do fim, mas Lainez desfez o empate e eliminou os cónegos.

O Estádio Municipal de Braga assistiu esta quinta-feira a mais um exemplo de como cair de pé na Taça de Portugal: líder do segundo escalão, o Moreirense FC manteve o resultado em aberto até ao fim, mas as esperanças de seguir para os oitavos de final desfizeram-se ao minuto 88, com um golo de Diego Lainez. 2-1 foi o resultado final do jogo que afastou os cónegos da prova rainha.
Em teoria, esperava-se que o terceiro classificado do escalão maior empurrasse o líder da Segunda Liga para o seu meio-campo, mas essa foi uma visão rara na primeira metade do desafio: os arsenalistas tiveram mais bola e iniciativa, é certo, mas os cónegos nunca largaram os olhos da baliza à guarda de Tiago Sá.
As equipas alternavam as tentativas de ataque quando um erro a meio-campo e outro de Hugo Gomes num atraso para Pasinato deixou Vitinha e Ricardo Horta soltos, com o internacional português, chamado ao mundial do Catar, a encostar para a baliza deserta. O relógio assinalava 13 minutos e os vimaranenses viam-se em apuros.
O golo esteve longe de ser desmoralizador para o Moreirense: os pupilos de Paulo Alves atacaram com vários elementos, combinaram ao primeiro toque e chegaram ao empate num lance que espelha precisamente essa reação cónega. A equipa circulou da esquerda para a direita até que Ofori cruzou, Alan rematou para defesa do guarda-redes contrário e Platiny atirou para o fundo das redes, num golo de bicicleta. Aos 27 minutos, estava tudo igual no marcador.
A partir daí, viu-se um ascendente cónego com remates de perigo a ameaçarem a baliza bracarense. Só no limite do intervalo se viu uma exceção a esse ascendente, com Ricardo Horta a acertar na barra.
Com as entradas de André Horta e de Abel Ruiz após o intervalo, a juntarem-se à de Diego Lainez no final da primeira parte, a feição do jogo mudou na segunda parte: a bola esteve quase sempre no meio-campo do Moreirense, mas com escassos calafrios para a baliza de Pasinato.
O Moreirense perdeu ímpeto ofensivo, mas continuou equilibrado atrás, limitando as tentativas de golo bracarenses aos remates de longe de Ricardo Horta. A resistência cónega só caiu aquando de uma boa combinação entre Banza e Diego Lainez, com o mexicano a rematar seco para o golo do triunfo bracarense.
Até ao fim dois lances clamorosos de golo: penálti falhado por André Horta, após mão de Hugo Gomes, e cabeceamento de André Luís a centímetros do 2-2. No fim, tudo na mesma: o resultado foi talvez o mais expectável, mas não sem o Moreirense ter uma palavra a dizer na discussão do resultado.