Cinco jogos, cinco vitórias: este é um registo que não deixa dúvidas quanto à melhor equipa da Liga Sabseg. O Moreirense FC voltou a fixar, à condição, uma distância de seis pontos para o segundo classificado – o Vilafranquense -, após um jogo em que controlou praticamente todos os momentos vividos sobre o tapete verde do Comendador Joaquim de Almeida Freitas, desde a pressão sobre a saída de bola adversária até à gestão dos ritmos, ora mais acelerados, ora mais brandos, consoante o que lhe convinha.

O triunfo por 4-1 sobre a Oliveirense desenhou-se então naturalmente, expectável desde que a pressão alta dos verde e brancos asfixiou o adversário no seu último reduto, segundos após o primeiro apito de Miguel Nogueira. Numa dessas ocasiões, os cónegos recuperaram a bola em plena área contrária, com a bola a cair nos pés de Walterson. Em frente à baliza, o extremo brasileiro encarou o guarda redes Ricardo Ribeiro, nativo de Moreira de Cónegos, e colocou-lhe a bola fora do alcance, junto ao ângulo inferior direito.

Estava aberto o caminho para mais um triunfo vimaranense na Liga Sabseg, que precisou de meia hora para se consolidar. A pressão continuou alta e André Luís ameaçou novo golo, aos 14, num remate cruzado e rasteiro.

O lance, contudo, pareceu servir de despertador a um adversário até então paralisado no jogo. A ligação entre os vários médios – Filipe Alves, Ibrahima, Serginho e Duarte Duarte – melhorou, e a bola começou a chegar às alas, principalmente a Lacinho na esquerda.

Os homens de Fábio Pereira foram, contudo, incapazes de levar perigo às redes de Kewin, e os anfitriões carregaram de novo no acelerador a partir da meia hora para darem a machadada no resultado nos 10 minutos que se seguiram.

Voltaram a ver-se mais homens de verde e branco na área da Oliveirense, com Kodisang a marcar o segundo golo numa recarga, aos 34 minutos. O Moreirense prolongou o ascendente e, sete minutos depois, foi a vez de Sori Mané atirar para o fundo das redes: o remate, ainda de fora da área, tabelou num jogador e traiu Ricardo Ribeiro.

Só após o terceiro golo é que a resposta da Oliveirense surtiu algum efeito: aos 44 minutos, Ibrahima ganhou a bola junto à linha final e atrasou a bola para o remate de Serginho. O médio disparou uma bola cruzada, indefensável para Kewin.

Ao intervalo, estava feito o resultado de um jogo de clara supremacia do Moreirense. A segunda metade, essa, teve bem menos motivos de interesse, com a Oliveirense a assumir o jogo e a dispor de algumas bolas paradas, mas sem verdadeiramente levar calafrios à baliza. Os homens de Paulo Alves, por seu turno, jogaram a um ritmo mais baixo e controlaram a reação contrária com um posicionamento rigoroso.

O duelo só voltou a espevitar no tempo de compensação, com a expulsão do oliveirense Ibrahima, em lance com Camacho, aos 90+1 minutos, e com o golo do recém-entrado Madson, aos 90+7, a finalizar um contra-ataque.

Nota ainda para a lesão aparentemente grave de André Luís, que levou à sua substituição por Platiny, ao minuto 55.