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Moreirense fez o que devia para salvar vida em 30 minutos.

O rival Vizela foi goleado por 4-1, mas a erupção de alegria em Moreira só se viu minutos após o apito final. O empate do Boavista em Tondela valeu o 16.º lugar e o play-off. O Moreirense está vivo.

14 maio 2022 > 17:30

Os minutos entre o apito final do Moreirense – Vizela e o apito final do Tondela – Boavista foram provavelmente os mais tensos que esta época se viveram no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas: os jogadores verdes e brancos estavam aninhados em redor de um ecrã, a acompanharem as últimas incidências no Estádio João Cardoso, antes da ansiada erupção de alegria se espalhar por relvado e bancadas.

O Tondela desperdiçou duas vantagens com o Boavista e foi castigado com a descida de divisão. O Moreirense, esse, tem mais um sopro de vida, à espera do play-off, após passar com distinção o teste que dependia de si: os cónegos golearam o rival Vizela por 4-1, num jogo que resolveram na primeira hora; já venciam por 3-0.

O duelo foi assim mais tenso fora das quatro linhas do que dentro delas, com tensão à entrada para o jogo e no decurso dele; ambas as fações festejaram golos das diferentes equipas em confronto no distrito de Viseu, ouviram-se “olés” pelos adeptos cuja equipa perdia por 4-0 – o Moreirense estava então em posição virtual de descida – e Ricardo Sá Pinto cerrou os punhos para uma última manifestação de euforia, dirigida para os adeptos visitantes, gerando-se ali o último desacato a sanar pela GNR.

Os cónegos terminaram a Liga Bwin no 16.º lugar, com 29 pontos, mais um do que os ‘auriverdes’ de Tondela, e vão disputar o ‘play-off’ de manutenção no escalão maior com o terceiro classificado da Segunda Liga, que se vai decidir no domingo de manhã, entre Rio Ave, Casa Pia e Desportivo de Chaves.

A expulsão de Ivanildo Fernandes, ao travar um Jefferson Júnior que se preparava para isolar, ‘abriu as portas’ para uma primeira parte de clara supremacia ‘axadrezada’, materializada nos golos de Sori Mané, aos oito minutos, de Artur Jorge, aos 16, e de Derik Lacerda, aos 30, fruto de desvios oportunos à ‘boca’ da baliza, perante a ‘desamparada’ retaguarda vizelense.

Mais forte nos duelos, a formação de Moreira de Cónegos teve quase sempre a bola na primeira parte, diante de um adversário que só esboçava o ataque de vez em quando, mas chegou ao intervalo em posição de descida, após o golo de Sagnan, que deu o 1-0 ao Tondela, efusivamente festejado pelos mais de mil adeptos do Vizela presentes em Moreira de Cónegos, face à rivalidade entre os dois clubes em campo.

A toada pouco mudou após o intervalo, com os ‘axadrezados’ a manterem o controlo do jogo, embora mais recuados no terreno, e a dilatarem o resultado aos 66 minutos, com Yan Matheus a dar sequência certeira a um lance individual de Paulinho, com um desvio fora do alcance de Ivo Gonçalves.

Nos 20 minutos finais, o jogo tornou-se mais tenso fora das quatro linhas do que dentro, com os adeptos do Vizela a festejarem o 2-1 do Tondela, marcado por João Pedro, aos 77 minutos desse jogo, e os da casa a celebrarem o golo do boavisteiro Yusupha, aos 86, já depois de alguns desacatos junto a um dos camarotes do Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas.

O Vizela ainda marcou o tento de ‘honra’ por Marcos Paulo, aos 90+3 minutos, antes de o árbitro Nuno Almeida apitar para o fim da partida e de o desfecho de Tondela ser favorável ao Moreirense, com muitos festejos entre as hostes anfitriãs.

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