Em jogo estavam “mais do que três pontos” num confronto direto entre aflitos. Foi Sá Pinto quem o assumiu na antevisão jogo, sendo por isso com esse estigma que o Moreirense FC se deslocou a Arouca, disposto a esbracejar para sair da linha de água por troca com o Arouca.

O adversário apresentava-se a jogo moralizado depois da vitória contundente no D. Afonso Henriques, que lhe permitiu saltar para fora dos lugares de despromoção. Era precisamente um salto semelhante que os cónegos ambicionavam.

Durante grande parte do encontro o Moreirense FC respirou à tona da água, fruto do golo de Yan Matheus ao minuto 44. Pedro Amador tentou o cruzamento, a bola desviou em Basso e enganou Victor Braga, que apenas conseguiu sacudir com uma sapatada, deixando a bola à mercê do brasileiro, que apontou o seu sétimo golo da temporada.

Reagiu o Arouca na segunda metade, procurando evitar a derrota. Quase que abdicando de atacar o Moreirense ia-se aguentando numa tarefa que se complicou ao minuto 66 quando Fábio Pacheco, lançado ao intervalo, viu a segunda cartolina amarela e deixou os cónegos com menos um elemento em campo para os últimos 25 minutos do encontro.

A resistência, ou a força de braços para fugir à profundeza da tabela, resistiu até que uma bola parara a dez minutos dos noventa deu o empate ao Arouca, por Bruno Marques, na sequência de um pontapé de canto.

Ibrahima ainda teve nas mãos a possibilidade de dar uma nova braçada, decisiva, dispondo de uma grande penalidade a seis minutos dos noventa, mas desperdiçou-a, permitindo que Victor Braga travasse o remate da linha dos onze metros.

Sem Sá Pinto no banco, que foi expulso na última ronda, o Moreirense não conseguiu retomar o caminho dos triunfos, mantendo-se nos lugares de despromoção, somando agora vinte pontos em 24 jornadas.