No filme da época do Moreirense, quando daqui a uns meses se fizer a retrospetiva, a receção deste domingo ao Farense figurará, por certo, na galeria dos jogos mais emotivos. Os cónegos venceram por três bolas a duas com um golo já nos descontos, quando ao minuto 88 perdiam por duas bolas a uma.

Comecemos pelo fim. O golo do empate, por Alanzinho ao minuto 88, era já um mal menor para um Moreirense que esteve muito tempo atrás do prejuízo neste jogo. Ao minuto 93 Platiny fez saltar o Parque de Jogos Comendador Joaquim de Almeida Freitas com o golo que operou a reviravolta no marcador, carimbando os três pontos a meias com a estrelinha que normalmente protege os campeões.

Depois de um jogo desgastante a meio da semana, frente ao Feirense – que os cónegos venceram – este domingo seguiu-se mais um jogo exigente num campo pesado. A equipa de Paulo Alves sofreu golo relativamente cedo, ao minuto vinte, num primeiro indicador de que a tarde seria difícil para o líder do segundo escalão. Reagiu o Moreirense FC, empatando oito minutos depois com um tento do médio Pedro Aparício.

Mas, o Farense queria mais e voltou para a frente do marcador ao minuto 79, deixando o Moreirense com pouca margem de manobra. Seguiu-se a cambalhota já descrita, que faz o Moreirense manter a invencibilidade, é agora a única equipa com esse estatuto depois de vencer o Farense, alargando para dez pontos a margem para os segundos classificados.